D. Sebastião

D. Sebastião

D. Sebastião I (1557-1578)

Décimo-sexto Rei de Portugal, e sétimo da Dinastia de Avis. Era neto do rei João III, tornou-se herdeiro do trono depois da morte do seu pai, o príncipe João de Portugal duas semanas antes do seu nascimento, e rei com apenas três anos, em 1557. Em virtude de ser um herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como O Desejado; alternativamente, é também como O Encoberto ou O Adormecido, devido à lenda que se refere ao seu regresso à Portugal.

Durante a sua menoridade, a regência foi assegurada primeiro pela sua avó Catarina da Áustria, princesa de Espanha, e depois pelo tio-avô, o Cardeal Henrique de Évora. O jovem rei cresceu educado por Jesuítas e tornou-se num adolescente de grande fervor religioso, que passava muito tempo em jejuns. Em 1568, ao atingir a maioridade aos 14 anos, Sebastião começou a preparar a expedição de libertação religiosa contra os marroquinos da cidade de Fez. Filipe II de Espanha recusou participar naquilo que considerava uma loucura e adiou o casamento de Sebastião com uma das suas filhas para depois da campanha.

O exército português desembarcou em Marrocos em 1578 e ignorando os conselhos dos seus generais, Sebastião rumou imediatamente para o interior. Na subsequente batalha de Alcácer-Quibir, o campo dos três reis, os portugueses sofreram uma derrota humilhante e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a Sebastião, provavelmente morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar. Para o povo português, entretanto, o rei havia apenas desaparecido e retornaria para liderar o povo português.

Em 1581, Filipe I de Portugal (Filipe II da Espanha), manda transladar para o Mosteiro dos Jerônimos em Lisboa um corpo que alegava ser o do rei desaparecido, na esperança de acabar com o “sebastianismo”. O Túmulo de Mármore que repousa sobre dois elefantes, pode ainda hoje ser observado em Lisboa.

D. Sebastião tornar-se-ia uma lenda em Portugal – o messias que regressaria para ajudar Portugal nas suas horas mais sombrias, uma imagem semelhante à do Rei Artur na Inglaterra ou Frederico Barbarossa na Alemanha. Durante o subsequente domínio espanhol (1580-1640) da coroa portuguesa, três pretendentes afirmaram ser o Rei D. Sebastião, tendo o último deles – um italiano – sido enforcado em 1619.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal

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