Johann Baptist von Spix

Johann Baptist von Spix

Johann Baptist von Spix (1781-1826)

Sétimo de 11 filhos, Johann Baptist Spix nasceu em 9 de fevereiro de 1781 na pequena cidade de Höechstädt am der Aisch. Com 11 anos (1792), ingressou na Escola Episcopal de Bamberg. Era um menino sem recursos financeiros, porém dotado de inteligência excepcional. O pai, que faleceu cedo, era barbeiro, dentista, farmacêutico e ainda cirurgião-médico. Foi também um respeitado conselheiro de sua cidade. A mãe de Spix era filha de um comerciante italiano. Dizem ter sido herdado dela o temperamento que Johann desenvolveu e que lhe causou problemas, mais de uma vez; o gosto pela pesquisa da natureza teria recebido do pai.

Em 1793, o jovem Spix transferiu-se para o Seminário Episcopal, em Bamberg, onde se destacou como o melhor aluno. Em 1800, com 19 anos, doutorou-se em filosofia. Incentivado pela igreja, ingressou em 1801 no Seminário Episcopal para Preparação de Sacerdotes, em Würzburg, mas três anos depois abandonou o estudo da teologia para se dedicar à medicina e às ciências naturais. Nesse período, Spix foi um aluno entusiasmado de Schelling, então um filósofo da natureza muito famoso. Spix garantia sua subsistência com o que auferia como professor particular. Em 1807, doutorou-se em medicina e começou a exercer a profissão em Bamberg. Schelling influiu consideravelmente na formação de Spix.

Em outubro de 1810 foi contratado pela Academia Real de Ciências para organizar o museu de zoologia em Munique, onde desenvolveu importantes trabalhos sobre anatomia morfológica, biologia evolutiva e história natural, sendo o primeiro zoólogo da capital da Baviera. Em 1817 é convidado, junto a Carl Friedrich von Martius, para uma expedição científica ao Brasil que durou até 1820 e resultou na publicação de obras importantes para o conhecimento da natureza brasileira, pois a descreve com riqueza de detalhes, principalmente em relação à fauna e indígenas.

São exemplos as publicações do trabalho sobre macacos e morcegos (1823), a descrição de tartarugas e sapos (1824), um volume sobre aves com a participação de J.G. Wagler e um outro sobre cobras, um trabalho sobre lagartos com o apoio de J.A.Wagner, um trabalho sobre peixes com o apoio de Louis Agassiz, entre outros.

No final do século XIX, foram confeccionados em Munique dois monumentos para o parque do Museu Goeldi, em Belém, (PA): um dedicado a Martius e o outro a “Johannes de Spix ex Baviera, o qual fez-se benemérito, através de sua pesquisa sobre a fauna brasileira”. A lápide de Spix, em Munique, destruída Segunda Guerra Mundial, aludia “aos restos mortais do mais sagaz, honrado e respeitável dos homens, dr. Johann von Spix, cavaleiro da Ordem do Mérito Civil, membro da Academia Real de Ciências.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-59702001000500017&script=sci_arttext&tlng=pt

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