Artes | Dia Internacional da Dança, Lola Montez
29 abr 2022
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No Dia Internacional da Dança, a Biblioteca Nacional lembra a dançarina Lola Montez (1818-1861). Este era o nome artístico de Elizabeth Rosanna Gilbert, nascida na Irlanda, se tornou famosa como a dançarina espanhola que encantou e se tornou amante de Ludwig I, Rei da Baviera (1786-1868).
Sua notoriedade, no entanto, se deve mais a forma como desafiou os padrões sociais e morais da época em que viveu. Rebelde, fugiu para Índia para casar com tenente Thomas James aos 16 anos. Cinco anos depois se separou dele, aprendeu a dança andaluza e partiu para Londres e tornou-se “Lola Montez, a dançarina espanhola”. Apresentou-se em vários teatros em Paris. Tornou-se amante de várias figuras famosas como Franz Liszt, Alexandre Dumas. Participou da geração romântica e libertária, frequentou os salões europeus e conviveu com personalidades como George Sand.
Numa apresentação em Munique, interpretando boleros de Cadiz, o Rei Ludwig se apaixonou por Lola. Seu poder de sedução e beleza exótica a tornaram amante favorita do rei. A relação despertou forte reação na conservadora Baviera. O romance incomodava a corte, não só por questões morais. A influência das ideias liberais de Lola sobre o monarca não era bem recebida pelos membros da aristocracia. O romance teve seu fim com a revolução de 1848. Ludwig abdicou em favor de seu filho, Maximilian II. A partir de então, Lola foi para os Estados Unidos, casou-se novamente e poucos anos depois, em 1855, foi para Austrália. Lá ela executou, no Teatro Real de Melbourne, a “Dança erótica da aranha”, com movimentos sensuais e sem nenhuma roupa de baixo. Tornou-se escritora e conferencista. Sua vida aventureira e excêntrica inspirou uma mística de independência desafiadora da moral e dos costumes que a tornou uma das mulheres mais famosas do século XIX.
O retrato de Lola, que ilustra este post, pintado em 1847 por Joseph Karl Stieler ficou para sempre na pinacoteca real, conhecida como Galeria da Beleza, localizada no Palácio Nymphenburg, Munique, Alemanha.
(Seção de Iconografia)
FLEISCHMANN, Andreas. [Retrato de Lola Montez]. München [Munique, Alemanha]: Piloty & Loehle, [18--]. 1 grav., maneira negra, ponta-seca (?), p&b, 36,4 x 31,5 cm em papel 60 x 44,2 cm.
Sua notoriedade, no entanto, se deve mais a forma como desafiou os padrões sociais e morais da época em que viveu. Rebelde, fugiu para Índia para casar com tenente Thomas James aos 16 anos. Cinco anos depois se separou dele, aprendeu a dança andaluza e partiu para Londres e tornou-se “Lola Montez, a dançarina espanhola”. Apresentou-se em vários teatros em Paris. Tornou-se amante de várias figuras famosas como Franz Liszt, Alexandre Dumas. Participou da geração romântica e libertária, frequentou os salões europeus e conviveu com personalidades como George Sand.
Numa apresentação em Munique, interpretando boleros de Cadiz, o Rei Ludwig se apaixonou por Lola. Seu poder de sedução e beleza exótica a tornaram amante favorita do rei. A relação despertou forte reação na conservadora Baviera. O romance incomodava a corte, não só por questões morais. A influência das ideias liberais de Lola sobre o monarca não era bem recebida pelos membros da aristocracia. O romance teve seu fim com a revolução de 1848. Ludwig abdicou em favor de seu filho, Maximilian II. A partir de então, Lola foi para os Estados Unidos, casou-se novamente e poucos anos depois, em 1855, foi para Austrália. Lá ela executou, no Teatro Real de Melbourne, a “Dança erótica da aranha”, com movimentos sensuais e sem nenhuma roupa de baixo. Tornou-se escritora e conferencista. Sua vida aventureira e excêntrica inspirou uma mística de independência desafiadora da moral e dos costumes que a tornou uma das mulheres mais famosas do século XIX.
O retrato de Lola, que ilustra este post, pintado em 1847 por Joseph Karl Stieler ficou para sempre na pinacoteca real, conhecida como Galeria da Beleza, localizada no Palácio Nymphenburg, Munique, Alemanha.
(Seção de Iconografia)
FLEISCHMANN, Andreas. [Retrato de Lola Montez]. München [Munique, Alemanha]: Piloty & Loehle, [18--]. 1 grav., maneira negra, ponta-seca (?), p&b, 36,4 x 31,5 cm em papel 60 x 44,2 cm.