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Esportes | Mário Filho, o cronista esportivo “criador das multidões”

17 set 2021

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Há 55 anos o Brasil perdia um jornalista que foi um ícone da crônica esportiva, Mário Filho (1908-1966). Foram inúmeras as contribuições deste pernambucano ao esporte. Sem ele, o Maracanã não existiria, seria em Jacarepaguá, na zona oeste carioca. Graças a campanha que fez na imprensa para a construção do Maracanã, o estádio carioca foi batizado em sua homenagem após a sua morte.

Foi praticamente um criador do jornalismo esportivo no Brasil, pela forma como inovou o que se fazia até o momento. Inaugurou um estilo de falar do futebol em suas crônicas que transformava jogos em momentos épicos, jogadores em heróis. Aproximou o leitor da vida dos jogadores contando as suas histórias de bastidores, simplificou o nome dos clubes e eliminou os termos em inglês, como “goal”, “corner”, popularizando o esporte. Com ele a expressão “Fla-Flu” caiu na boca do povo, foi o idealizador do torneio Rio-São Paulo que depois evoluiu para o Campeonato Brasileiro”. Criou os jogos infantis, os jogos da primavera incentivando outros esportes como o remo e o jiu-jitsu.

Como escritor produziu uma obra que é até hoje uma referência para aqueles que estudam o futebol brasileiro: “O negro no futebol brasileiro” (1947), “Histórias do Flamengo” (1934), “Viagem em torno de Pelé” (1964).

Conhecido como “o criador das multidões”, colocou o torcedor e arquibancada em primeiro plano e contribuiu decisivamente para que o futebol fosse incluído como símbolo da cultura popular brasileira e de identidade nacional.

(Seção de Iconografia)