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Literatura | José de Alencar, escritor e político brasileiro

06 maio 2021

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José Martiniano de Alencar veio de uma descendência revolucionária: seu pai, de quem herdou o nome, foi padre, largou a vida religiosa, casou com a prima, Ana Josefina de Alencar e veio a ser senador, mas chegou a ser preso por 4 anos com sua mãe, D. Barbara de Alencar, pela adesão ao movimento revolucionário pernambucano de 1817.

José de Alencar concluiu o curso de Direito em São Paulo e começou a exercer a profissão no Rio de Janeiro onde atuou também em jornais escrevendo folhetins. É nessa forma que são produzidos seus primeiros romances. Na política, foi eleito deputado pelo Ceará e exerceu ainda o cargo de Ministro da Justiça. Não conseguiu, entretanto, realizar o sonho de chegar a senador. Abandonou a política, dedicando-se inteiramente à produção literária.

O Guarani lhe trouxe grande popularidade. Sua produção envolve, além de romances, peças teatrais, poesias, crônicas e estudos. Buscando sempre temas nacionais em seus romances, retrata História e lendas indígenas em sua ficção: sempre o Brasil. Em Como e porque sou romancista, José de Alencar apresenta seus princípios, sua metodologia e respeito pela construção literária. Admirado por Machado de Assis, quando da fundação da Academia Brasileira de Letras, é escolhido por ele como patrono da cadeira de nº23.

O catálogo em destaque, com apresentação de Adonias Filho, é relativo à exposição organizada em 1977 na Biblioteca Nacional por ocasião do centenário de morte do escritor, em 12 de dezembro de 1877, aos 49 anos, de tuberculose.

(Seção de Iconografia)


José de Alencar: catálogo da exposição comemorativa do centenário de morte, 1877-1977. Rio de Janeiro, RJ: Seção de Promoções Culturais, 1977.