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O Pasquim

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GUAZZELLI

HISTÓRIA SETE

CONTOS DE TERROR


POR GUAZZELLI

Como se tratava de um grupo de humoristas, o período da prisão teve momentos engraçados, alguns dos quais contados nessas histórias em quadrinhos. Na maior parte do tempo, porém, o clima se assemelhava mais com o estilo de terror desenhado nesta história por Guazzelli.
A detenção de Ziraldo, por exemplo, ao ser separado da esposa e dos filhos, foi dramática. Como nenhum deles tinha sido acusado formalmente – não tendo sentença –, não sabiam qual seria a pena. O que se sabia é que naquele tempo muitas pessoas eram presas e nunca mais eram vistas com vida. O que se conhecia eram os relatos de torturas e sevícias que os presos políticos sofriam.
Qualquer coisa poderia acontecer. No início, ninguém de fora sabia onde estavam. Eles não sabiam para onde seriam levados.
Esperavam sempre o pior. Quando levaram o Fortuna, no meio de uma madrugada, despediram-se dele como se fosse para um cadafalso. Mas o alarme era falso!









Eloar Guazzelli é gaúcho, de Vacaria, e vive atualmente na cidade de São Paulo. Além de quadrinista e ilustrador, trabalha com cinema de animação. É um dos desenhistas brasileiros mais premiados.

Foi primeiro lugar na II Bienal Internacional de Quadrinhos, no Salão Internacional de Piracicaba, por três vezes, e premiado no Yomiuri (Japão), o principal concurso de cartuns do mundo, assim como em salões de humor e de artes gráficas em Buenos Aires, Sintra, Lisboa, Porto Alegre e Teerã. No cinema, foi premiado em festivais em Havana, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Maranhão e Brasília. Recebeu dois troféus Jabuti e cinco troféus HQMIX. Participou de exposições em 18 países.

Ilustrou mais de 60 livros infantis – inclusive a série de relançamento de Monteiro Lobato – e é um especialista em adaptações para os quadrinhos de clássicos da literatura, como Grande Sertão: Veredas e O Pagador de Promessas, além de publicar livros próprios, como o premiado O Relógio Insano e Apocalipse Nau (sobre o atentado à revista Charlie Hebdo).

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