Periódicos & Literatura
< Voltar para DossiêsA Bala: projectil litterario e republicano
por Maria Ione Caser da Costa
Da cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, localizado na região nordeste do Brasil vem o periódico A Bala: projectil litterario e republicano. Apenas um exemplar encontra-se preservado no acervo da Biblioteca Nacional. As pesquisas não encontraram qualquer informação sobre a existência de outros fascículos.
Um pequeno exemplar medindo 16 cm x por 11 cm, com quatro páginas. Cada uma delas diagramada em duas colunas separadas por um fio simples.
Poucas são as informações que se pode compartilhar a partir da consulta ao periódico. Devido à qualidade do papel, o manuseio do original durante muitos anos e a acidificação natural do papel causada pelo tempo, não é possível afirmar o número exato desse exemplar. Foi publicado no dia 15 de novembro de 1896, e, de acordo com os dados informados na Hemeroteca Digital é o número 17.
O projeto Periódicos & Literatura, que está hospedado no dossiê da BN na web tem por finalidade recuperar e tornar público os títulos que contenham literatura em seu conteúdo e que tenham tido uma vida efêmera. Este é mais um deles.
O periódico A Bala foi vendido por 40 réis o número avulso. Não apresentou valor para assinaturas.
Alguns jovens republicanos, amantes da literatura, confeccionaram A Bala, e no texto do editorial, explicam os motivos que os levaram a tal.
Seguem afirmando estarem sempre de prontidão em favor da república e assim finalizam o editorial: Não recuaremos! A postos mocidade! Viva a Reppublica!”. Da seção denominada “Estilhaços literários” trazemos um poema assinado por “Artilheiro”.
Bala
Esta é de amor, vai certeira
De um a outro coração
Voa rápida, ligeira,
Atirada por paixão...
Bate aqui, bate acolà
Sibilla pela janella,
Cahe dentro do seio della,
É na mais linda que dá.
Ella responde faceira
Dos olhos pelo clarão
Com bala mais matadeira...
E a querida donzella,
Atira menos de là
Como a guerreira mais bella.
Um pequeno exemplar medindo 16 cm x por 11 cm, com quatro páginas. Cada uma delas diagramada em duas colunas separadas por um fio simples.
Poucas são as informações que se pode compartilhar a partir da consulta ao periódico. Devido à qualidade do papel, o manuseio do original durante muitos anos e a acidificação natural do papel causada pelo tempo, não é possível afirmar o número exato desse exemplar. Foi publicado no dia 15 de novembro de 1896, e, de acordo com os dados informados na Hemeroteca Digital é o número 17.
O projeto Periódicos & Literatura, que está hospedado no dossiê da BN na web tem por finalidade recuperar e tornar público os títulos que contenham literatura em seu conteúdo e que tenham tido uma vida efêmera. Este é mais um deles.
O periódico A Bala foi vendido por 40 réis o número avulso. Não apresentou valor para assinaturas.
Alguns jovens republicanos, amantes da literatura, confeccionaram A Bala, e no texto do editorial, explicam os motivos que os levaram a tal.
Disparamos hoje este projectil litterario e republicano, não para ferir aquelles que não vivem do plagio, nem aos republicanos que não se abrigão sob a capa nojenta do despotismo governamental. Ferire-mos no entanto a todo litterato que com a mascara vergonhosa do plagio roube as producções de outrem; feriremos muito principalmente aos refractarios adeptos das ideias retrogadas e negras que querem plantar o germen da ignominia com o fim de explorarem, desprestigiarem e humilharem o nosso Paiz perante as outras nações civilizadas.
Seguem afirmando estarem sempre de prontidão em favor da república e assim finalizam o editorial: Não recuaremos! A postos mocidade! Viva a Reppublica!”. Da seção denominada “Estilhaços literários” trazemos um poema assinado por “Artilheiro”.
Bala
Esta é de amor, vai certeira
De um a outro coração
Voa rápida, ligeira,
Atirada por paixão...
Bate aqui, bate acolà
Sibilla pela janella,
Cahe dentro do seio della,
É na mais linda que dá.
Ella responde faceira
Dos olhos pelo clarão
Com bala mais matadeira...
E a querida donzella,
Atira menos de là
Como a guerreira mais bella.