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Campinas: revista mensal illustrada

por Maria Ione Caser da Costa

Em outubro de 1936, sob a direção de Santos Junior, com redação e administração à rua General Osório, sala 5, do número 1118, ressurge Campinas, com a proposta de circular “todo dia primeiro de cada mez”. Em seu primeiro editorial, que trazia como título O presente da ‘princeza’…, seu diretor faz uma homenagem à primeira fase da revista, lançada no Natal de 1932:


Campinas foi o presente da ‘princeza’ – nossa cidade das palmeiras de um século e das andorinhas que riscam no céu, quotidianamente, os poemas alacres do nosso melhor encantamento. Campinas desappareceu, na sua melhor phase, quando já se havia imposto em nossa cidade e ganhado a confiança e o apoio do campineiro, com o desaparecimento de Orlando Carpino, seu saudoso e inteligente fundador.”


antos Junior quer seguir a proposta de levar avante a ideia de promover a cidade de Campinas. Na capa, pode-se ver, em traços estilizados do desenhista José R. do Amaral Junior, “o Juquita”, o vulto de um edifício que sintetizava a fase do progresso de Campinas da década de 1930, o Edifício Sant’Anna e também dois motivos da tradição campineira: andorinhas e palmeiras.


A Biblioteca Nacional guarda apenas este exemplar, que recebeu a designação numérica de ano 1, número 1. Campinas publica contos, crônicas, poemas, fotos de personalidades e logradouros da cidade. Os articulistas são Santos Junior, Alexandre Dias, Jolá Pereira, Diogenes Barros, João Doliveira Toledo, Orville de Alencar Gusmão, Sergio Queiroz, José Rodrigues Simões, entre outros. aparecem como autores dos poemas Jota Britto, Odécio de Camargo (1901-1965), Gustavo Teixeira (1881-1937), Raphael Barbosa e do uruguaio Gaston Figueira. Não foram localizados exemplares referentes à primeira fase da revista no acervo.

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