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Floreal: publicação bi-mensal de crítica e litteratura

por Maria Ione Caser da Costa

Lançada em 1907, mais precisamente no dia 25 de outubro, um sábado, por Lima Barreto (1881-1922), então um jovem de 26 anos, que vê  na publicação, a realização de um sonho. Seu primeiro número traz o pensamento de alguém que procura espaço para escrever: “Não é sem temor que me vejo à frente desta publicação. [...] Sei também o quanto lhe é desfavorável o público, o nosso público, sabio ou não, letrado ou ignorante. Faltam-lhe nomes, grandes nomes, desses que enchem o céo e a terra”. E, realmente,  o lançamento da revista foi de vital importância para que seu editor fosse  legitimado pelos literatos do século XX.


O título Floreal é acompanhado do subtítulo “publicação bimensal de crítica e literatura”. Sua redação ficava no primeiro andar da rua Sete de Setembro, número 89. Impressa pela Typ. Rebello Braga, situada à rua da Alfândega, 180, no Rio de Janeiro, tinha como preço para o número avulso 5$00, a assinatura trimestral era no valor de 3$000, a semestral no valor de 6$000 e anual o valor era de 12$000.


Além da marcante a presença de Lima Barreto, o primeiro número de Floreal, apresenta um artigo de Antonio Noronha Santos, um conto de Domingos Ribeiro Filho, um poema de Mario Pinto de Souza. Há ainda, uma segunda parte “dividida em secções, será como que um jornal de quinze em quinze dias, onde serão examinados, tratados, explanados, segundo as nossas forças e aptidões, os acontecimentos de toda a ordem que se houverem passado em nosso meio.”


Dos quatro números conhecidos,  a Biblioteca Nacional possui os números 1 e 2 da revista, ambos  recentemente restaurados.


Floreal: publicação bi-mensal de crítica e litteratura. Ano 1. Número 1

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