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Museu Litterario: litteratura, historia, viagens

por Maria Ione Caser da Costa
Museu Litterario foi um periódico que circulou no Rio de Janeiro na segunda metade do século dezenove. Ao título acompanhou o subtítulo litteratura, historia, viagens, que sugere os assuntos a serem tratados em seus fascículos.  A Biblioteca Nacional não tem o número de lançamento. O primeiro e único exemplar que se encontra preservado no acervo é o segundo, que foi publicado no dia 30 de abril de 1878.

Foi editado pela Typographia de P. P. e Corrêa, que estava localizada na rua de S. José, 44. A administração da publicação localizava-se na rua d’Ajuda, número 101, para onde deveriam seguir as colaborações e/ou pedidos de assinaturas. O valor da assinatura mensal era de 500 rs. Não eram vendidos exemplares avulsos.

Quanto à diagramação, no cabeçalho um fio simples destaca data e número da publicação. O título está em letras capitais, fios duplos separam título e subtítulo do texto.  O texto diagramado em duas colunas, separados por fio-corredor e um fio horizontal separa os assuntos. Os tipos de letras variam para os títulos e intercalam-se também nos subtítulos.

Texto inicial do segundo exemplar agradece às redações do Jornal do Commercio e da Gazeta de Notícias por terem incentivado a publicação lançada, que defende a “instrução” como garantia da liberdade das nações. Como dito anteriormente, o primeiro exemplar não se encontra em nosso acervo, portanto não é possível definir os caminhos que os editores pretendiam traçar.

Colaboraram nas páginas de Museu litterario os senhores Cavalcanti Villela, E. Velloso Lessa e Santad. E é de Cavalcanti Villella o poema que destacamos a seguir.

 

A***

De verdes prados

mimosa flor,

fresco rocio,

plumeo cantor,

 

rosa encarnada,

cecèm formosa,

espiendorosa

romã corada,

 

branco jasmin,

cravo brilhante,

fontinha esguia,

e sussurrante,

 

linda bonina;

aragem meiga,

de linda Veiga,

que amar ensina,

 

ante Etelvina

perde’o valor,

que o seu fulgor

tudo domina!

 

.............................

 

Oh! Se um ia,

um riso seu

podesse ao menos

ser todo meu!...

 

Daria a vida

por esse sonho

meigo, risonho.

Que me perdeu!

 

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