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< Voltar para DossiêsO Olho: semanário illustrado
por Maria Ione Caser da Costa
O Olho: semanário ilustrado foi editado em Florianópolis, no dia 6 de abril de 1916, prometendo fazer ressurgir novas energias no meio literário de Santa Catarina. O semanário era dirigido por Edmundo Silveira e Dário Gouvêa.
Publicou 18 números, posto em circulação no dia 06 de agosto de 1916. A partir do número 19 passa a ter o título de A Phenix, publicado no dia 20 de agosto de 1916. De acordo com seus editores, a mudança ocorreu para que fossem evitadas as confusões com outro periódico com o mesmo título: “A Phenix da fabula renascia das próprias cinzas: A Phenix da imprensa catharinense brota... das cinzas d’O Olho, desata as azas e levanta o vôo para a largueza do céu”
Na Hemeroteca Digital podem ser consultados todos os exemplares da coleção. Os originais fazem parte do acervo da Biblioteca Pública de Santa Catarina.
O editorial de lançamento, assinado por “A Redação”, informava o seguinte:
Outro periódico com o mesmo título, O Olho pode ser consultado neste dossiê, com o subtítulo jornal humorístico. De acordo com os fascículos disponíveis na Hemeroteca Digital, publicou nove exemplares, de 1º de janeiro a 21 de fevereiro de 1916. Uma suspensão de um pouco mais de um mês, retornam com o subtítulo diferenciado e em formato de revista.
Fazem parte da redação de O Olho os jornalistas Edmundo Silveira, Dário Gouvêa, Alberto Barbosa, Laércio Caldeira de Andrada, Haroldo Callado, João Crespo, Barreiros Filho e Altino Flores que tinham como ideal a produção de um álbum com impressões artísticas, para tornar conhecido o estado de Santa Catarina “nos outros Estados da união, e alimentar incessantemente no seio do nosso povo a admiração pelas coisas e homens nossos”. A seguir um soneto de Neptuno Pacca.
Soneto
Ex-Amada gentil que eu tanto amava,
Grande amor que vos tinha não vos tenho;
É que amor para mim foi duro lenho
De tanto o supportar já me pesava.
Busquei no amor os sonhos que sonhava;
Realidade, porém, matou-me o empenho
Que eu tinha de bom grado, e com engenho
De ter a santa paz que acalentava.
Arte subtil do amor féro e tyromno,
Desfez dos sonhos meus as lindas cores;
Hoje, sómente, eu vejo o desengano.
Não vos culpo, ex-Amada dos amores;
Culpo ao deus que causou-me tanto damno,
Culpo ao deus que também vos deu mil dores.
Publicou 18 números, posto em circulação no dia 06 de agosto de 1916. A partir do número 19 passa a ter o título de A Phenix, publicado no dia 20 de agosto de 1916. De acordo com seus editores, a mudança ocorreu para que fossem evitadas as confusões com outro periódico com o mesmo título: “A Phenix da fabula renascia das próprias cinzas: A Phenix da imprensa catharinense brota... das cinzas d’O Olho, desata as azas e levanta o vôo para a largueza do céu”
Na Hemeroteca Digital podem ser consultados todos os exemplares da coleção. Os originais fazem parte do acervo da Biblioteca Pública de Santa Catarina.
O editorial de lançamento, assinado por “A Redação”, informava o seguinte:
O Olho vem tomar seu logar na Imprensa da capital, mudado em revista, e por isso confia na benevolência e gentileza de seus confrades.
Não faz ruído nem se apresenta com a prosápia dos campeões espalhafatosos. Traz a sua boa vontade de aparelhada para o trabalho daquela imprensa, que, rindo, ainda assim é útil e bemfazeja. Ridendo castigal mores... Por outro lado, mira ao soerguimento do espirito catharinense, pela insuflação de novas energias no nosso meio ainda moço e já decrépito. Assim que não será só uma revista graciosa, saltitante de verve; mas também um álbum de impressões artísticas, pelas quaes se inferirá, sem duvida, que, embora seja desoladora a estagnação que ameaça debilitar-nos mais e mais, si della não tivermos mão, ainda contamos com elementos de valor, capazes de serem dados como verdadeiros modelos de honrosa tenacidade. [...]
A nossa revista não tem outro fito a não ser o de amar estremecidamente o nosso Estado, fazendo-o conhecido além, lá fora, nos outros Estados da União, e alimentar incessantemente no seio do nosso povo a admiração pelas coisas e homens nossos. [...]
Ahi está o plano que nos propômos seguir: seremos imparciaes a todo poder que possamos.
Cremos ter dito tudo. Agora, praza aos céus que logremos levar a bom termo a nossa jornada.
Outro periódico com o mesmo título, O Olho pode ser consultado neste dossiê, com o subtítulo jornal humorístico. De acordo com os fascículos disponíveis na Hemeroteca Digital, publicou nove exemplares, de 1º de janeiro a 21 de fevereiro de 1916. Uma suspensão de um pouco mais de um mês, retornam com o subtítulo diferenciado e em formato de revista.
Fazem parte da redação de O Olho os jornalistas Edmundo Silveira, Dário Gouvêa, Alberto Barbosa, Laércio Caldeira de Andrada, Haroldo Callado, João Crespo, Barreiros Filho e Altino Flores que tinham como ideal a produção de um álbum com impressões artísticas, para tornar conhecido o estado de Santa Catarina “nos outros Estados da união, e alimentar incessantemente no seio do nosso povo a admiração pelas coisas e homens nossos”. A seguir um soneto de Neptuno Pacca.
Soneto
Ex-Amada gentil que eu tanto amava,
Grande amor que vos tinha não vos tenho;
É que amor para mim foi duro lenho
De tanto o supportar já me pesava.
Busquei no amor os sonhos que sonhava;
Realidade, porém, matou-me o empenho
Que eu tinha de bom grado, e com engenho
De ter a santa paz que acalentava.
Arte subtil do amor féro e tyromno,
Desfez dos sonhos meus as lindas cores;
Hoje, sómente, eu vejo o desengano.
Não vos culpo, ex-Amada dos amores;
Culpo ao deus que causou-me tanto damno,
Culpo ao deus que também vos deu mil dores.