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Renascença: revista mensal de letras, sciencias e artes

por Maria Ione Caser da Costa

Tendo como diretores o imortal Rodrigo Octavio e o pintor Henrique Bernardelli, e, desempenhando as funções de editores proprietários E. Bevilacqua & Companhia, surge em março de 1904, no Rio de Janeiro a revista Renascença. Seu primeiro editorial define o sentimento e a disposição que seus editores e diretores empreenderam para a feitura da publicação: “não saberão poupar esforços e sacrificios para a tornar digna de nossa cultura”.


Publicados em papel couché, repletos de ilustrações e com a colaboração de vários escritores,  a Biblioteca Nacional possui 53 dos 55 exemplares publicados, que tiveram periodicidade mensal, entre março de 1904 e setembro de 1908.


Vêm registrados em cada fascículo os preços de assinatura no Rio de Janeiro (anual: 15$000, semestral: 8$000; número avulso por 1$500) e nos estados (anual: 17$400, semestral: 9$200; número avulso por 1$700), com “remessa pelo correio em vale postal, dinheiro ou ordem à vista”. ç Juntar com parágrafo seguinte è


A revista utiliza o sistema de numeração de páginas sequenciais para cada semestre. No último exemplar publicado no semestre, aparece uma nota avisando do término do volume e da distribuição, no exemplar seguinte, do frontispício e dos índices (de autores, de matérias e de suplementos musicais) que deveriam ser encadernados ao final do volume formado.


Além da questão nacional, Renascença  é uma defensora do desenvolvimento das artes gráficas no Brasil, assim como sua antecessora, a “brilhante” revista Kosmos. Teve vários colaboradores, dentre os quais: João de Barro, Leite Velho, Arthur Azevedo (1855-1908), Gonzaga Duque, Coelho Netto, Abreu Fialho, Domício da Gama, Affonso Celso (1860-1938), Rodrigo Octavio, Raul Pompeia, Victor Silva (1865-1922), Mario de Alencar (1872-1925), Emiliano Pernetta, Francisca Julia da Silva (1871-1920), Ricardo Lemos, Domingos Nascimento, Medeiros e Albuquerque (1867-1934), Mendes de Aguiar, Leonor Posada (1893-1960).


Uma particularidade da revista Renascença é trazer, ao final de cada artigo, ou, ao final de cada um dos poemas publicados, o “autógrafo” de seu autor. Ela está no rol das revistas ilustradas.

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