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A Educadora: álbum de litteratura, artes e sciencias

por Maria Ione Caser da Costa

A Educadora, publicação trimestral de propriedade e responsabilidade da Companhia de Seguros A Educadora do Rio de Janeiro, foi editada por Guillard, Aillaud & Cia. A Companhia de Seguros A Educadora, responsável por esta revista, foi instituída no Rio de Janeiro em 1890. Na apresentação do primeiro número, seus editores ressaltam os principais objetivos da publicação,: 1. “A propaganda da bôa litteratura nacional e do melhor que formos encontrando nas extrangeiras…”; 2. “A propaganda do seguro de vida, que é sem dúvida, uma das mais bellas e das mais úteis instituições modernas de previdência”.


O número 1, publicado em agosto de 1899, e o número 2, publicado em janeiro de 1900, fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional. No exemplar de agosto de 1899, encontra-se o hino vencedor do concurso feito pela Associação do 4º Centenário do Descobrimento do Brasil, de autoria de Guimarães Passos (1867-1909).


Além de crônicas, contos e sonetos, traz também anúncios de médicos e lojas, notícias sobre a companhia de seguros, origem do seguro de vida e seguro especial de crianças. No exemplar referente a janeiro de 1900, há uma carta de Raimundo Correia (1859-1911) dirigida a Valentim Magalhães (1859-1903) falando sobre o livro Alma, deste escritor. Há também um autorretrato de Pedro Américo (1843-1905) desenhado aos 12 anos de idade.


N’A Educadora encontram-se crônicas de Eça de Queiroz (1845-1900) e Raul Pompéia (1863-1895), um conto de Domingos Guimarães (escritor português, 1869-1934) intitulado “O Triste fim d’um monstro“, versos de Henrique de Magalhães (1856- ?), a reprodução de uma carta de Emile Zola (1840-1902), além de notícias da moda, vindas de Paris.

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