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Fortaleza: revista litteraria, philosophica, scientifica e commercial

por Maria Ione Caser da Costa

A 6 de outubro de 1906 vinha a público a revista Fortaleza e, como era próprio do início do século XX, nomeava seu propósito e suas qualificações em seu subtítulo “revista litteraria, philosophica, scientifica e commercial". Editada mensalmente pela Typ. Minerva, de propriedade de Assis Bezerra, localizada à rua Major Facundo, 55 e 56, em Fortaleza, tinha como diretores, Joaquim Pimenta e Raul Uchoa, como secretários, Jayme Alencar e Mario Linhares, na função de gerente estava Eurico Mattos (este, apenas nos números 1 e 2, a partir do terceiro número, seu nome já não é mencionado) e, como tesoureiro, Genuino de Castro.


Trazia, logo abaixo do título a epígrafe “Durate, et vosmet rebus servate secundis” assinando Virgilius (En. I,211) [Sede pacientes, e reservai-vos para os dias favoráveis – Virgílio, Eneida 1.207].


Fortaleza durou exatamente um ano. Seu último exemplar, o de número 12, publicado a 6 de outubro de 1907, trouxe na capa a foto do seu corpo editorial, cinco “garbosos” rapazes, e um expediente em francês, onde pediam a troca de revistas. Este número vinha com um total de 40 páginas, diferindo das 12, 14, ou 20 páginas dos números anteriores. Em nada aparentava ser aquele, o último número a ser publicado.


A revista publica poemas de Bonfim Sobrinho (1875-1900), Mario Linhares (1889-1965), Oscar C. de Lima, Genuino de Castro, Livio Barreto (1870-1895), Júlio Maciel (1888-1967), Joaquim Pimenta (1886-1963), Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), Juvenal Galeno (1836-1931), entre outros.


Não foram encontrados exemplares originais da publicação. O que existe no acervo a edição fac-similar, publicada em 2009, pela Fundação Waldemar Alcântara, responsável pela Biblioteca Básica Cearense, coleção que tem como premissa a republicação de clássicos da memória bibliográfica do Ceará.

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