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Pilhéria Illustrada

por Maria Ione Caser da Costa

Lançada no Rio de Janeiro, com redação e administração no número 93, da rua do Hospício, atual rua Buenos Aires, Pilheria illustrada vem a público no dia 6 de julho de 1904. A Biblioteca Nacional tem apenas  o exemplar n.1. Nas pesquisas efetuadas não foi possível afirmar a existência de outros exemplares.


De propriedade de Rebello Braga, o número avulso era vendido a 100 réis, e o atrasado a 200 réis. Com apenas 16 páginas, não numeradas, traz vários poemas, contos, piadas, sempre num tom jocozo, com o intuito de fazer rir. Um exemplo é o artigo, “A coisa e esta”, que faz graça com os nomes dos principais jornais da cidade. O artigo aparece no finalzinho da publicação e é assinado por Mafarrico:


“E do alto desta tribuna teremos sempre a fresca noticia de uma pilhéria para fazer rir o commercio do Brazil, mostrando-lhe o Rio nú, em todas as misérias, o que não quer dizer que sejamos um jornal do commercio, mas apenas uma gazeta de noticias que irá levar ao leitor, pelo correio da manhã, uma modesta revista da semana, envolta num kosmos de satyra e humorismo que fará rir até o mais adamado coió da rua do Ouvidor, formando assim a renascença da graça e do espírito.”


Todos os textos e poemas são assinados por pseudônimos. As páginas estão repletas de charges e ilustrações coloridas, um detalhe que não era comum para a época.


Pilhéria Illustrada. Ano 1. Número 1

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