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Muito do avanço das ciências se deveu, historicamente, aos esforços de guerra e foi nesse sentido que muitos periódicos militares pegaram carona, publicados como expressão de validação da produção científica. No Brasil, conforme a nação se moldava no século XIX, avançava o trabalho de consolidar as forças armadas como uma instituição forte e expressiva do poder da nação. O cientificismo crescente e o aprimoramento dos militares contribuíram para o florescimento da imprensa militar brasileira.

Um momento importante para o alavancar da nossa imprensa militar foi a proibição do tráfico negreiro no Brasil a partir de 1850, com a Lei Eusébio de Queirós, quando coube à Marinha patrulhar a costa no esforço de extinguir a entrada de africanos escravizados. Surgiu, nesse ensejo, a Revista Marítima Brasileira, editada a partir de março de 1851 e que buscava dar luz aos sucessos dessa instituição. Posteriormente, a Guerra da Tríplice Aliança, ou Guerra do Paraguai (http://bndigital.bn.gov.br/dossies/guerra-do-paraguai/), também fez das publicações militares vitrines para suas ações e uma das ferramentas de afirmação do poderio nacional.



Notícia da publicação do Decreto N.708, Lei Eusébio de Queirós, proibindo o tráfico negreiro no Brasil. Periódico Diário do Rio de Janeiro, edição 08526. 18/10/1850.



Periódico Revista Marítima Brasileira. Edição 01, julho de 1881.