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Projeto Resgate Barão do Rio Branco

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Alagoas

por Lourival Santana Santos
Apresentação

No ano 2000, o Brasil comemora os 500 anos do seu descobrimento e como parte do evento, foi criado o Projeto Resgate Barão do Rio Branco.

Coordenado pela Dra. Esther Caldas Bertoletti, da Assessoria Especial do Ministério da Cultura, toda a documentação relativa ao Brasil será microfilmada e os microfilmes ficarão à disposição dos pesquisadores nas principais Instituições de Pesquisa do País. Portanto, o referido Projeto significará: "O Resgate e o acesso à documentação histórica dos primeiros trezentos anos da História do Brasil.'"

Como componente da equipe do Projeto Resgate, estivemos em Lisboa no primeiro semestre de 1997, onde realizamos o inventário dos documentos da Capitania de Alagoas.

Existia naquele momento apenas cinco caixas. Atualmente, temos sete devido a transferência de um grande numero de documentos relativos a Alagoas que estavam no acervo documental da Capitania de Pernambuco.

O trabalho ora apresentado, foi elaborado obedecendo várias etapas:

1. Leitura dos documentos;

2. Ordenação cronológica;

3. Elaboração de uma ficha resumo (verbete);

4. Microfilmagem.

Quanto a tipologia, predominantemente temos: provisões, requerimentos, cartas, ofícios, cartas patentes, consultas etc. O primeiro documento datado de 1680, refere-se a uma informação do Conselho Ultramarino sobre os Serviços do Capitão Miguel Cunha Leite, que entrou no Palmar, para acudir à fortificação do porto dos franceses e reedificação da igreja matriz na referida vila. O último de 30 de outubro de 1826 é um requerimento do tenente de infantaria de linha da Província de Alagoas à infanta regente D. Isabel Maria, em que pede licença e passagem para ir ao Rio de Janeiro, tratar da sua subsistência e de sua família. No intervalo desses dois documentos, assuntos diversos se destacam: devassas, sesmarias, solicitação de obras pias, provimento e avaliação de ofícios etc.2

Os documentos foram indexados a partir de três índices: onomástico, toponímico e por assunto.

É importante frisar, que o presente trabalho foi revisado por técnicos do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, tendo como principal responsável o Dr. José Joaquim de Sintra Martinheira.

O resgate desse acervo documental propiciará um avanço na produção historiografia alagoana, pois toda a documentação foi microfilmada e os respectivos microfilmes e os CD-ROMs ficarão à disposição dos pesquisadores de Alagoas, possibilitando assim o seu acesso sem a necessidade de deslocar-se para Lisboa. Trata-se portanto do resgate de 300 anos da História Colonial de Alagoas.

Finalmente, nossos agradecimentos: ao CNPq pela concessão de uma bolsa de aperfeiçoamento no exterior, a Dra. Esther Caldas Bertoletti, pelo trabalho realizado como Coordenadora do Projeto Resgate Barão do Rio
Branco, e aos funcionários do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, pela acolhida e disposição em nos atender.

Lisboa/Aracaju, julho de 1997


Notas

1 BERTOLETTI, Esther Caldas. Projeto de Microfilmagem Sistêmica dos Documentos do Brasil Colônia Existentes no Exterior. 1997 (Mimeo).

2 vide índice por Assunto

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