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Cartografia e Arquitetura

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Cartografia e Arquitetura

Antônio José Landi nasceu em Bolonha, Itália, em 1713. Já era um arquiteto premiado quando veio para o Brasil, atendendo à solicitação do rei de Portugal que desejava contratar pessoas capazes de fazer observações astronômicas, medições e confeccionar mapas para demarcar as fronteiras ao norte do país.


Landi chegou ao Pará em 1753. Em Belém, onde encontrou uma arquitetura fortemente vinculada a funções de defesa contra invasões estrangeiras, assumiu as obras da Catedral da Sé, iniciadas em 1748, à frente das quais esteve por 18 anos. Outros de seus projetos foram os das igrejas de Santana e de Nossa Senhora das Mercês, da Capela de São João Batista e do Palácio dos Governadores. Seus inúmeros projetos incluíam não apenas traçados arquitetônicos, mas também desenhos, pinturas e esculturas. O arquiteto se envolveu ainda em atividades de comércio, indústria e agricultura. Casado com uma brasileira, viria a falecer em Belém, em 1791.


Outras cidades do Pará abrigam obras de Landi, mas em nenhuma sua marca foi tão forte quanto em Belém. Ali, as influências trazidas da Europa, especialmente da Itália, se mesclaram às particularidades da arquitetura colonial portuguesa para criar um estilo próprio.


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COCHADO, Antônio Vicente. Discripção dos Rios Para Curupa e Amazonas: discuberto e sondado por mandado de Sua. Mag.de por Ant.o Vicente Patrão de Pernambuco. 1623. Mapa manuscrito e aquarelado. Divisão de Cartografia.


Este mapa foi confeccionado após a expedição que deixou o Maranhão em 1615 – a mesma em que foi fundado o forte do Presépio. Antônio Vicente Cochado participou da viagem como piloto e coletou as informações para o mapa, que é tido como o primeiro a retratar a foz em forma de delta do rio Amazonas.


ALBERNAZ I, João Teixeira. [Pequeno atlas do Maranhão e Grão-Pará].  [ca.1629]. Carta aquarelada. Divisão de Cartografia.


 João Teixeira Albernaz foi o mais prolífico cartógrafo português do século XVII, ofício praticado por vários membros de sua família. Sua produção inclui várias cartas e atlas do Brasil. É conhecido como Albernaz I ou Albernaz, o Velho, para se diferenciar de seu neto, que tinha o mesmo nome.


ALBERNAZ II, João Teixeira. Demonstração do Pará athe o rio Turi. [Atlas do Brasil. 1666]. Carta manuscrita. Divisão de Cartografia.


 Pertencente a uma família de cartógrafos, João Teixeira Albernaz tinha o mesmo nome de seu avô, sendo por isso conhecido como Albernaz II ou Albernaz, o Moço. Seus mapas referentes ao Brasil repetem os do avô, com algumas atualizações. Um deles viria a ser usado para fundamentar as negociações da Conferência de Badajoz, em 1681, que tratou da questão da Colônia do Sacramento.


Prospecto da Cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. 20 de maio de 1784. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.


FREIRE, José Joaquim. Plano geral da cidade do Pará em 1791 tirado por ordem do Ilmº e Exmº Snr. D. Francisco de Sousa Coutinho Governador e capitão general do estado do Grão-Pará e Rio Negro: levantado pelo tenente coronel de Artilharia com exercício de engenheiro Teodósio Constantino de Chermont. [Pará, 1791]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.


LANDI, Antônio José. Frontaria dos armazéns, que tinha ordenado que se fizessem na cidade do Pará a Companhia Geral do Comércio. [Pará, 17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.