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Nascido em 27 de abril de 1756, em Salvador, Bahia, Alexandre Rodrigues Ferreira se formou em 1778 na Faculdade de Filosofia Natural de Coimbra. Domenico Vandelli, naturalista italiano que trabalhava para o governo português, o indicou para chefiar a expedição científica que viria ao Brasil e percorreria as capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá.

A expedição, que ficou conhecida como “Viagem Filosófica”, foi iniciada em 1783. Além do naturalista, incluía o jardineiro botânico Agostinho do Cabo e os desenhistas Joaquim José Codina e José Joaquim Freire. Com poucos recursos materiais, o grupo percorreu quase 40 mil quilômetros coletando espécimes e registrando suas impressões. O resultado foi um vasto acervo, composto de registros iconográficos, diários, mapas populacionais e agrícolas, relatórios sobre as vilas, memórias sobre zoologia, botânica e antropologia.

Embora os escritos de Rodrigues Ferreira tenham enfatizado os aspectos econômicos e utilitaristas dos espécimes descritos, o naturalista realizou uma abordagem pioneira para aquela época. Ele identificou algumas das etnias habitantes da Amazônia e mostrou como as roupas, armas e moradias eram indícios do grau de organização social das comunidades. Além disso, chamou a atenção para a caça indiscriminada de algumas espécies animais.

Em 2010, a Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira obteve o registro Memória do Mundo, conquista que se tornou ainda mais significativa pelo fato de ser aquele o Ano Internacional da Biodiversidade.

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Utensílios indígenas. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Índio mura. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Os mura ocupam vastas áreas no complexo hídrico dos rios Madeira, Amazonas e Purus. Este índio é representado aspirando pó de sementes de paricá.

Índia com artefato nasal. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Índia da Região Amazônica.

Botto. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Trata-se de um boto cor-de-rosa.

Vitória-régia. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

A flor da vitória-régia, que vive apenas 48 horas.

Copaífera. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

As propriedades medicinais do óleo de copaíba já eram conhecidas dos índios da região amazônica.

Abiu. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Fruto do abieiro, árvore originária da região próxima às encostas andinas do Peru e do oeste da Amazônia brasileira. Usado no tratamento de várias doenças, como a bronquite.

Andiroba. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

A andiroba é muito utilizada para fins medicinais. O óleo é especialmente eficaz para afastar insetos.

Cupuaçu. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Usado na culinária e também para fins medicinais.

Pato de Marajó. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Também conhecido como marrecão (Neochenjubata).

Crocodilo. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Gravura feita possivelmente com base em animal abatido por caçadores. Outras espécies foram representadas dessa forma.

Boca Preta. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Também conhecido como macaco de cheiro (Saimirisciureus L.).

Caititu. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Descrito inicialmente por Lineus, existe em todo o território brasileiro.

Tamuatá. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Peixe de carne tenra, já mencionado por Jean de Léry (1534-1613) como parte da dieta dos tupinambás.

 

Tambaqui. [17--]. Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira. Divisão de Manuscritos.

Também chamado pacu vermelho, é um peixe do qual se aproveitam a carne e o óleo.