Desdobramentos
Tendo escrito alguns dos maiores clássicos da historiografia brasileira, Caio Prado Júnior jamais se prendeu a classificações e sectarismos intelectuais. A realidade que ele pretendia descrever e mudar não se encerrava em compartimentos prévios. Prova disso é a adoção de conceitos oriundos da geografia, demografia, economia e sociologia. Dedicou também algumas obras ao estudo da filosofia e do método dialético materialista, talvez a parte mais esquecida e menos influente de seus trabalhos.
História e Desenvolvimento
Com esta tese, Caio Prado Júnior candidatou-se à livre-docência em História do Brasil pela Universidade de São Paulo, em 1968. Devido aos acontecimentos políticos daquele ano, sua tese foi arquivada e ele foi “aposentado” de seu título anterior de livre-docente (em Direito, pela mesma universidade).
“(...) De um modo geral, a historiografia constitui dado essencial para a elaboração do conhecimento relativo ao homem, na acepção exata e precisa que o conhecimento deve ter. A saber: sistematização da experiência coletiva do homem e elaboração teórica como vistas à orientação e condução da ação humana.” (p. 18)
“Não é possível construir um país moderno e realmente integrado nos padrões econômicos e culturais do mundo em que vivemos, sobre a base precária e de todo insuficiente de um contingente humano como este que forma a grande massa da população brasileira.(...)
A partir dessa premissa (...) têm sido propostos dois caminhos (...). Trata-se, de um lado, da extensão da legislação social-trabalhista para o campo, isto é, de proporcionar ao trabalhador rural proteção legal adequada que lhe assegure melhores condições de vida, tal como vem sendo praticado de vinte e tantos anos para cá, com relação ao trabalhador urbano da indústria e do comércio. De outro lado, prevê-se a modificação da estrutura da propriedade fundiária rural no sentido de corrigir a extrema concentração que caracteriza essa propriedade.” (p. 89)
Introdução à Lógica Dialética
“O objetivo deste livro é tão-somente o de apresentar algumas indicações relativamente à maneira de orientar e conduzir a indagação e pesquisa científicas da atividade do pensamento, naquilo que diz respeito à sua função elaboradora do Conhecimento, e às suas relações com as formas lógicas em que a mesma atividade se exprime e exterioriza” (p. 12)
Tendo escrito alguns dos maiores clássicos da historiografia brasileira, Caio Prado Júnior jamais se prendeu a classificações e sectarismos intelectuais. A realidade que ele pretendia descrever e mudar não se encerrava em compartimentos prévios. Prova disso é a adoção de conceitos oriundos da geografia, demografia, economia e sociologia. Dedicou também algumas obras ao estudo da filosofia e do método dialético materialista, talvez a parte mais esquecida e menos influente de seus trabalhos.
História e Desenvolvimento
Com esta tese, Caio Prado Júnior candidatou-se à livre-docência em História do Brasil pela Universidade de São Paulo, em 1968. Devido aos acontecimentos políticos daquele ano, sua tese foi arquivada e ele foi “aposentado” de seu título anterior de livre-docente (em Direito, pela mesma universidade).
“(...) De um modo geral, a historiografia constitui dado essencial para a elaboração do conhecimento relativo ao homem, na acepção exata e precisa que o conhecimento deve ter. A saber: sistematização da experiência coletiva do homem e elaboração teórica como vistas à orientação e condução da ação humana.” (p. 18)
“Não é possível construir um país moderno e realmente integrado nos padrões econômicos e culturais do mundo em que vivemos, sobre a base precária e de todo insuficiente de um contingente humano como este que forma a grande massa da população brasileira.(...)
A partir dessa premissa (...) têm sido propostos dois caminhos (...). Trata-se, de um lado, da extensão da legislação social-trabalhista para o campo, isto é, de proporcionar ao trabalhador rural proteção legal adequada que lhe assegure melhores condições de vida, tal como vem sendo praticado de vinte e tantos anos para cá, com relação ao trabalhador urbano da indústria e do comércio. De outro lado, prevê-se a modificação da estrutura da propriedade fundiária rural no sentido de corrigir a extrema concentração que caracteriza essa propriedade.” (p. 89)
Introdução à Lógica Dialética
“O objetivo deste livro é tão-somente o de apresentar algumas indicações relativamente à maneira de orientar e conduzir a indagação e pesquisa científicas da atividade do pensamento, naquilo que diz respeito à sua função elaboradora do Conhecimento, e às suas relações com as formas lógicas em que a mesma atividade se exprime e exterioriza” (p. 12)