BNDigital

Instalação da família real no Rio de Janeiro

< Voltar para Exposições virtuais

Instalação da família real no Rio de Janeiro

 

A revolução francesa e a subsequente invasão napoleônica a Portugal forçaram a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Esse acontecimento, único na história, permitiu que aqui fossem instaladas instituições que estão na origem do Estado brasileiro. Tal movimento  culminou na elevação do Brasil a reino, em 1815.

Membros da Família Real de Portugal e Imperial do Brasil (1777-1831)

D. Maria I (1734-1816)
Rainha de Portugal e Algarves entre 1777 e 1816. Muito religiosa, apresentou, no entanto, sintomas de desequilíbrio emocional ao longo de seu reinado, em função do que foi impedida de continuar a governar a partir de 1792. Veio com a família real para o Brasil e aqui faleceu. Cognominada de “a Santa” e “a Louca”.

D. João VI (1767-1826)
Príncipe Regente de Portugal e Algarves (no lugar de sua mãe D. Maria I) (1799-1815), Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816-1822), Imperador Titular do Brasil (1825-1826). Tido por muitos como um monarca hesitante, foi dele, no entanto, a decisão final quanto à vinda da Corte para o Brasil em 1808. Cognominado “o Clemente”.

Carlota Joaquina de Bourbon (1775-1830)
Rainha consorte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, (1816-1822), Rainha Consorte de Portugal e Algarves (1822-1826), Imperatriz Titular Consorte do Brasil (1825-1826). Era espanhola e sempre teve um relacionamento tido como ruim com seu marido D. João VI. Tendo acompanhado o marido em 1808, nunca gostou do Brasil.

D. Pedro (1798-1834)
Imperador do Brasil, (como D. Pedro I) (1822-1831), Rei de Portugal e Algarves (como D. Pedro IV) (1826), Regente de Portugal (1832-1834). Chegou ao Brasil com nove anos de idade, com a família real, em 1808. Crescendo aqui, apaixonou-se pelo país e pela sua causa nacional. Aproximando-se de políticos e intelectuais brasileiros, entre eles José Bonifácio, foi o principal responsável pelo processo de independência. Era constitucionalista e contrário à escravidão. Depois de 1831 dirigiu-se a Portugal para lutar pela causa de sua filha Maria da Glória. Cognominado de “o Libertador” e “o Rei Soldado”.

Maria Leopoldina da Áustria (1797-1826)
Imperatriz Consorte do Brasil (1822-1826), Rainha Consorte de Portugal e Algarves (1826). Filha do último Imperador Romano- Germânico e Imperador da Áustria, Francisco I da Áustria, casou-se com D. Pedro em 1817. Era uma mulher culta e inteligente, que imediatamente afeiçoou-se ao Brasil. Ao lado de seu marido, foi participante ativa nos eventos que levaram à Independência do Brasil.

D. Miguel I de Portugal (1802-1866)
Rei de Portugal e Algarves (1828-1834). Filho de D. João VI, possuía uma personalidade conservadora e enfrentou seu irmão D. Pedro I quando este procurou empossar a filha Maria da Glória como monarca constitucional de Portugal. A guerra civil que opôs os dois irmãos, D. Pedro e D.Miguel (1832-1834) devastou o país. Terminou com a vitória de D. Pedro e a ascensão ao trono D. Maria da Glória como Maria II de Portugal. Cognominado de “o Absolutista”.

D. Pedro II (1825-1891)
Imperador do Brasil (1840-1889). Nascido no Rio de Janeiro, filho de D. Pedro I e Maria Leopoldina, permaneceu no país quando o pai abdicou do trono em 1831. Foi declarado maior em 1840, assumindo o trono do Brasil. Realizou o mais longo governo de nossa história. Cognominado de “o Magnânimo”.

Maria II de Portugal (1819-1853)
Rainha de Portugal e Algarves (1826 e 1834-1853). Nascida no Rio de Janeiro, filha de D. Pedro I e Maria Leopoldina. Tornou-se definitivamente rainha de Portugal ao ser declarada maior em 1834 e após uma violenta guerra civil que opôs seu pai e seu tio. Cognominada de “a Educadora” e “a Boa Mãe”.