1960 - Roma
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1960 - Roma
Período: 25 de agosto a 11 de setembro de 1960.
Número de Países: 83
Número de Atletas: 5348, sendo 611 mulheres.
Modalidades: atletismo, basquetebol, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica, halterofilismo, hipismo, hóquei sobre a grama, lutas, natação, pentatlo moderno, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, tiro, vela.
Local: Roma – Itália
Maior medalhista: URSS – 103 no total, sendo 43 de ouro, 29 de prata e 31 de bronze.
Cinquenta e dois anos antes Roma se viu obrigada a desistir de organizar os Jogos graças a erupção do vulcão Vesúvio, o que consumiu a maior parte dos recursos do Estado no atendimento às vítimas da catástrofe.
As competições de levantamento de peso foram realizadas na Basílica de Maxentius, a ginástica nas Termas de Caracala e o Arco de Constantino, o famoso monumento em homenagem ao primeiro imperador romano cristão, marcou a chegada da maratona.
Os Jogos foram, pioneiramente, transmitidos ao vivo por mais de cem canais de televisão de 18 países da Europa e exibidos em vídeo-tape horas depois nos Estados Unidos, Canadá e Japão.
O etíope Abebe Bikila tornou-se o primeiro negro africano a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, vencendo de maneira sensacional a maratona no último dia dos Jogos. Ele era soldado da guarda pessoal do Imperador Haile Selassie e correu descalço pelas ruas de Roma sob um calor de quase 30º, quebrando o recorde mundial da modalidade. A chegada ocorreu embaixo do Arco de Constantino, símbolo do poder romano e italiano que invadiu e conquistou a Etiópia.
No boxe, despontava o afro-americano Cassius Clay, com vinte anos de idade, que conquistou o ouro na categoria meio-pesado. Nos anos seguintes, ele se profissionalizou, se tornou muçulmano, trocando o nome para Muhammad Ali e se tornaria um dos maiores pugilistas de todos os tempos.
O dinamarquês Paul Elvstrøm ganha pela quarta vez consecutiva a medalha de ouro no Iatismo, Classe Finn, se tornando o maior campeão olímpico da Vela na história dos Jogos.
Atletas da equipe feminina de ginástica da URSS ganham 15 das 16 medalhas de ouro possíveis em Roma e pela segunda vez, em sua terceira participação, os soviéticos batem os antes eternos campeões norte-americanos no quadro de medalhas.
Foi a última participação da África do Sul nos Jogos antes de ser banida por causa do seu regime de apartheid. Seu retorno ás Olimpíadas ocorreu 32 anos depois, em Barcelona, após a política de segregação racial ter sido extinta.
O atirador finlandês Vilho Ylönen acertou um tiro na mosca na decisão da prova do Tiro, só que no alvo do atirador ao lado e perdeu a medalha de ouro para o adversário.
Infelizmente a morte do ciclista dinamarquês Knut Jensen marcou os Jogos. Ele teve um colapso provocado pela ingestão de anfetaminas na prova de ciclismo e morreu no hospital. Foi a segunda vez que um competidor morreu disputando uma prova nos Jogos. O primeiro foi o corredor português Francisco Lázaro na maratona dos Jogos de Estocolmo em 1912, na estreia de Portugal.
O Paquistão conquistou sua primeira medalha de ouro, no hóquei sobre a grama e foi também a primeira seleção a derrotar a Índia na modalidade.
Adhemar Ferreira da Silva não conseguiu repetir o ouro no salto triplo, pois estava tuberculoso e debilitado, nem chegando à final. Todavia, ao sair do Estádio Olímpico, cabisbaixo, foi surpreendido por um coro de aplausos que, mais tarde soube, foi puxado pelo famoso cantor Bing Crosby.
GAZETA
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