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A Revolta

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A Revolta

 

1817


1 DE MARÇO.


O governador Caetano Pinto recebe a denúncia de que uma conspiração estava sendo urdida.


4 DE MARÇO.


Conflito entre portugueses e oficial do regimento de Henriques Dias, de cor negra. Recrudescimento do antagonismo entre os nativos e os reinóis.


6 DE MARÇO.


Convocação do Conselho de Guerra no Forte das Cinco Pontas. É decretada a prisão dos cabeças da conspiração. No Regimento da Artilharia, o capitão José de Barros Lima, o Leão Coroado, reagiu à voz de prisão e matou seu superior, o brigadeiro Barbosa de Castro. Os rebeldes tomam o quartel, impedindo o avanço das tropas monarquistas. Liderança do capitão Pedro Pedroso. Explosão revolucionária. Assassinato do brigadeiro Salazar e de alguns ajudantes do governador pelos rebeldes. Amotinação e desordem. O governador Caetano Pinto se refugia na Fortaleza do Brum. Capitulação. Domingos José Martins reunia a multidão pregando a revolta. Estimativa de mais de 20 mortos.


7 DE MARÇO.


Instalação de uma junta provisória de cinco membros, à maneira do Diretório da França, composta pelo padre João Ribeiro (representando o clero), Domingo José Martins (comércio), José Luís de Mendonça (magistratura), Manuel Correa de Araújo (agricultura), Domingos Teotônio Jorge (Forças Armadas). O padre Miguelinho atuou como secretário. Formação de um Conselho de Estado, expressão da intelectualidade nativa, no qual figuravam: Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, Antônio de Morais e Silva, José Pereira Caldas o Deão Bernardo Luís Ferreira Portugal e o comerciante Gervásio Pires Ferreira; José Luís de Mendonça e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada eram adeptos da monarquia constitucional, ao contrário de Domingos José Martins e Pedro Pedroso, que defendiam a república. Os republicanos eram majoritários; início da experiência de autogoverno em Pernambuco. Abolição de impostos, compra de armas. Elaboração de uma lei orgânica atribuída a frei Caneca e/ou a Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, a primeira Constituição feita no brasil por brasileiros. Defesa da república e dos direitos humanos. Liberdade religiosa e de opinião. Influência da Revolução Francesa e da Constituição termidoriana assim como dos ideais federalistas da Revolução Americana. Consagração de nova bandeira. Nativismo.


9 DE MARÇO.


Proclamação do manifesto, redigido por José Luiz de Mendonça, que ficou conhecido como Preciso, em que relata em frases enfáticas os motivos dos pernambucanos para romper com o governo português.


11 DE MARÇO.


O Governo decide enviar aos Estados Unidos Antônio Gonçalves da Cruz, o Cabugá.


16 DE MARÇO.


Adesão da Paraíba. Participação de Amaro Gomes Coutinho, José Peregrino Xavier de Carvalho, padre Antônio Pereira de Albuquerque, Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão. Instalação do Governo Provisório. Entretanto, José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, o padre Roma, é preso ao desembarcar em Salvador pelo conde dos Arcos. Condenação.


28 DE MARÇO.


Adesão do Rio Grande do Norte por iniciativa do senhor de engenho André de Albuquerque Maranhão. Constituição de uma junta provisória.


29 DE MARÇO.


Convocação de uma assembleia constituinte. Manutenção da escravidão. Execução do padre Roma em Salvador. Fracasso nas províncias do Ceará e em Alagoas. Envio de emissário a Londres para obter a adesão de Hipólito da Costa, que recusou apoio aos insurretos. Antônio Gonçalves da Cruz, o Cabugá, foi aos Estados Unidos conseguindo apenas o apoio de alguns oficiais bonapartistas, com o plano de libertar Napoleão recluso na Ilha de Santa Helena.


2 DE ABRIL.


Ato solene da bênção da nova bandeira que, em 1917, foi oficializada bandeira do estado de Pernambuco.


MAIO.


Fim da conjura de Gomes Freire de Andrade em Portugal. Defesa da monarquia constitucional.