Fernando Sabino

Fernando Sabino

Fernando Sabino

Nome completo: Fernando Tavares Sabino

Nascimento: 12/10/1923 – Belo Horizonte, MG

Falecimento: 11/10/2004 – Rio de Janeiro, RJ

Forma autorizada: Sabino, Fernando

Biografia

Nascido em Belo Horizonte no dia 12 de outubro de 1923, o escritor e cronista Fernando Tavares Sabino era o último vivo do quarteto mineiro de escritores integrado por Hélio Pellegrino (1924-88), Otto Lara Resende (1922-92) e Paulo Mendes Campos (1922-91). Essa amizade inspirou Sabino a escrever “O Encontro Marcado” (1956), seu livro de maior sucesso. Além de “O Encontro Marcado”, suas principais obras foram “O Homem Nu” (1960), “O Menino no Espelho” (1982) e “O Grande Mentecapto” (1979), que deu a Sabino o Prêmio Jabuti.

Aos 17 anos, ao decidir ser gramático, escreveu uma crítica sobre o dicionário de Laudelino Freire no jornal “Mensagem”, e publicou também artigos literários em “O Diário”, ambos em Minas Gerais. No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da “Folha de Minas”. Seu primeiro livro de contos, “Os Grilos não Cantam Mais”, foi publicado em 1941, no Rio. Nesse mesmo ano, torna-se colaborador do jornal literário “Dom Casmurro”, da revista “Vamos Ler” e do “Anuário Brasileiro de Literatura”. Em 1942, começa a trabalhar na Secretaria de Finanças de Minas Gerais e leciona português no Instituto Padre Machado, nas horas vagas. No ano seguinte, é nomeado oficial de gabinete do secretário de Agricultura do Estado.

Em 1944, muda-se para o Rio de Janeiro e torna-se colaborador regular do jornal “Correio da Manhã”, do Rio, onde conhece Vinicius de Moraes, de quem se tornaria amigo. Na então capital do país, Sabino assume o cargo de oficial do Registro de Interdições e Tutelas da Justiça. Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, licencia-se do cargo que exerce na Justiça e viaja com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos, morando por dois anos em Nova York, onde trabalha no Escritório Comercial do Brasil e no Consulado Brasileiro.

Em 1947, envia crônicas para serem publicadas em jornais como “Diário Carioca” e “O Jornal”, do Rio, que são reproduzidas em vários veículos do Brasil. Começa a produzir os livros “Ponto de Partida” e “Movimentos Simulados” que, apesar de não serem concluídos, serão aproveitados em “O Encontro Marcado”. Depois de voltar ao Brasil no ano seguinte, continua a colaborar com crônicas e artigos para jornais e revistas do país e publica “A Cidade Vazia” e “A Vida Real”. “O Encontro Marcado”, uma de suas obras mais conhecidas, é lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro.

Sabino decide, em 1957, viver exclusivamente com escritor e jornalista depois de pedir exoneração do cargo de escrivão. Inicia uma produção diária de crônicas para o “Jornal do Brasil”, escrevendo mensalmente também para a revista “Senhor”. Em 1960, o escritor publica o livro “O Homem Nu” na Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publica, em 1962, “A Mulher do Vizinho”, que recebe o Prêmio Cinaglia do Pen Club do Brasil. É contratado, em 1964, durante o governo João Goulart, para exercer as funções de Adido Cultural junto à Embaixada do Brasil em Londres.

Em 1966, faz a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o “Jornal do Brasil”. Depois de desfazer a sociedade na Editora do Autor, funda, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publica livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros. Entre final dos anos 60 e início dos 70, viaja para diversas partes do mundo como correspondente de veículos brasileiros, produzindo reportagens sobre países como Alemanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra, Estados Unidos e Argentina. Termina o romance “O Grande Mentecapto” em 1979, iniciado mais de 30 anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, acabaria sendo adaptada para o cinema e o teatro anos depois.

Em 1991, lançou o livro “Zélia, uma Paixão”, biografia autorizada de Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia do governo Fernando Collor (1990-92), trabalho que o autor se recusava a comentar. Acreditava ter sido vítima de hostilidade por causa dele. Em julho de 1999, recebe da Academia Brasileira de Letras o prêmio “Machado de Assis” pelo conjunto de sua obra. Publica em 2004 o romance “Os Movimentos Simulados”, da editora Record, totalizando uma produção literária de mais de quatro dezenas de obras em 80 anos de vida.

Fonte: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=976

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *