Manuel Arruda da Câmara

Manuel Arruda da Câmara

Manuel Arruda da Câmara (1752-1810)

Nasceu no ano de 1752, na cidade de Pombal, sertão do Estado da Paraíba e faleceu em Itamaracá, Estado de Pernambuco, no ano de 1810. Foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Recife. Era filho do agricultor Francisco de Arruda Câmara e D. Maria Saraiva da Silva; fez os estudos preliminares na cidade de Goiana (PE.) e, em 1873, foi ordenado padre no Seminário dessa cidade, adotando o nome de Frei Manuel do Coração de Jesus. Estudou na Universidade de Coimbra, em Portugal e em Montpellier, na França.

Idealista e de espírito revolucionário, Arruda Câmara, em Paris, identificou-se com o pensamento de Voltaire e de Rousseau e animado com o sucesso da Revolução Francesa, chegando ao Brasil não se conformou com o quadro de injustiça social reinante e apressou-se em trabalhar visando a combater, sobretudo, em favor das famílias mais humildes, maiores vitimas do sistema patriarcal. Nesse sentido, fundou o Areópago de Itambé, Sociedade Maçônica que abrigava intelectuais da Paraíba e de Pernambuco e onde foi tramada a Revolução de 1817. Com idéias avançadas, lutando pela igualdade das classes, o Padre Arruda Câmara foi, talvez, no Brasil, um dos precursores da ala progressista. Não viu, porém, realizado o seu sonho de liberdade e de igualdade social, bandeiras que, ainda hoje, são levantadas pelos principais movimentos de libertação da atualidade.

Dedicou-se ao estudo da botânica, estando entre os mais importantes naturalistas do seu século. Classificou a flora paraibana e produziu inúmeros trabalhos científicos sobre botânica, zoologia e mineralogia.

Deixou uma importante bibliografia: Centúria(nunca foi publicada); A memória sobre a cultura do algodoeiro, 1797; Dissertação sobre as plantas do Brasil, 1817; Discurso sobre avitalidade da instituição de jardins nas principais províncias do país, 1810; Aviso aoslavradores sobre a suposta fermentação de qualquer qualidade de grãos ou pevides paraaumento da colheita, Lisboa, 1792; Memórias sobre as plantas de que se podemfazer baunilha no Brasil, (nas memórias da Academia Real das Ciências de Lisboa, v.40, 1814); Memórias sobre o algodão de Pernambuco, Lisboa, 1810; Tratado deAgricultura; Tratado da lógica. Algumas produções de Arruda Câmara podem ser encontradas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Fonte: http://www2.aplpb.com.br/academicos/cadeira02.htm

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