30 de junho | Morte de Augusto Malta, o Fotógrafo do Rio de Janeiro
30 jun 2020
Artigo arquivado em Datas comemorativas
e marcado com as tags Augusto Malta, Belle Époque, Biblioteca Nacional, Desmonte do Morro do Castelo, Exposição de 1908, Exposição de 1922, Pereira Passos, Rio de Janeiro
Augusto Cesar de Malta Campos, mais conhecido como Malta, nasceu em 14 de abril de 1864 em Alagoas. Responsável por uma interessante documentação fotográfica das três primeiras décadas do século XX do Rio de Janeiro, sua obra não se restringiu unicamente ao documentário oficial, mas também foram temas do seu interesse: as personalidades da cidade, os mais ricos e os mais pobres, operários, carnaval, bandas, cinemas, teatros, circos entre outros.
A sua história com o Rio de Janeiro tem início em 1888 quando se mudou para a cidade aos 24 anos. Antes de encontrar a sua vocação na fotografia, integrou a Guarda Municipal entre os anos de 1889 e 1893, atuou como guarda-livros, comerciante de secos e molhados e de tecidos finos. Foi no ano de 1900 que começou as suas atividades como fotógrafo amador.
E assim, no ano de 1903, a convite do prefeito Pereira Passos, Malta tornou-se o fotógrafo oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro por meio do decreto nº 445, de 27 de junho de 1903. Permaneceu nessa função até a sua aposentadoria, em 1936, produzindo um grande acervo de fotografias ao longo desse período. Malta “acompanha passo a passo e foto a foto a transformação da cidade”, tornando-se um expressivo cronista visual tanto da vida quanto da paisagem carioca desse período.
Dentre as atribuições como fotógrafo da prefeitura constavam a de registrar os eventos oficiais, tirando quantas provas fotográficas fossem necessárias de: inaugurações de obras públicas, cerimônias, assim como os logradouros e edifícios históricos que seriam colocados abaixo com a reforma urbanística que sofria a cidade no princípio do século XX. As casas demolidas, as ruas alargadas, as praças retificadas, toda essa transfiguração da paisagem urbana carioca foi registrada em chapas de grande utilidade documental para os processos de desapropriações.
Para cumprir a sua missão, o célebre fotógrafo deslocava-se pela cidade com sua pesada câmera, tripé de madeira, flash de magnésio e a maleta com as chapas. Malta era considerado uma pessoa sistemática pois identificava todos os negativos que produzia com seu nome, data e alguma referência sobre o registro.
É considerado um dos precursores do fotojornalismo no país. Além disso, as suas fotos eram freqüentemente aplicadas também em publicações ilustradas como, por exemplo, Kosmos, Fon-Fon e Careta, assim como cartões postais que eram moda na época.
No dia 30 de junho de 1957, aos 93 anos de idade no Rio de Janeiro, Malta nos deixava. Mas, o seu vasto e rico legado material fotográfico, ao menos o que não desapareceu ou se perdeu devido a danos físicos por má conservação, é estudado por muitos pesquisadores. A sua produção remanescente encontra-se distribuída por diversas instituições como o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Instituto Moreira Salles e Biblioteca Nacional, por exemplo. (Seção de Iconografia)
A Fundação Biblioteca Nacional possui sob a sua guarda na Seção de Iconografia alguns dos importantes trabalhos do Malta, como por exemplo, um álbum com 49 fotografias referente à Exposição Internacional do Centenário da Independência que aconteceu no Rio de Janeiro, no período de 7 de setembro de 1922 a 23 de março de 1923. Acesse o documento na BN Digital através do link:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon46126/icon46126.pdf
Entre outros trabalhos que estão na instituição e que podem ser consultados na BN Digital há também registros da Exposição Nacional de 1908 e o desmonte do Morro do Castelo, por exemplo.
Veja imagens da Praia Vermelha e Urca dentro da Exposição Nacional de 1908 nos links a seguir:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1355814/icon1355814.jpg
Acesse:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1355807/icon1355807.jpg
Veja também duas imagens dos seus registros sobre o desmonte do Morro do Castelo:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1402171/icon1402171.jpg
Acesse:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1402188/icon1402188.jpg
A sua história com o Rio de Janeiro tem início em 1888 quando se mudou para a cidade aos 24 anos. Antes de encontrar a sua vocação na fotografia, integrou a Guarda Municipal entre os anos de 1889 e 1893, atuou como guarda-livros, comerciante de secos e molhados e de tecidos finos. Foi no ano de 1900 que começou as suas atividades como fotógrafo amador.
E assim, no ano de 1903, a convite do prefeito Pereira Passos, Malta tornou-se o fotógrafo oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro por meio do decreto nº 445, de 27 de junho de 1903. Permaneceu nessa função até a sua aposentadoria, em 1936, produzindo um grande acervo de fotografias ao longo desse período. Malta “acompanha passo a passo e foto a foto a transformação da cidade”, tornando-se um expressivo cronista visual tanto da vida quanto da paisagem carioca desse período.
Dentre as atribuições como fotógrafo da prefeitura constavam a de registrar os eventos oficiais, tirando quantas provas fotográficas fossem necessárias de: inaugurações de obras públicas, cerimônias, assim como os logradouros e edifícios históricos que seriam colocados abaixo com a reforma urbanística que sofria a cidade no princípio do século XX. As casas demolidas, as ruas alargadas, as praças retificadas, toda essa transfiguração da paisagem urbana carioca foi registrada em chapas de grande utilidade documental para os processos de desapropriações.
Para cumprir a sua missão, o célebre fotógrafo deslocava-se pela cidade com sua pesada câmera, tripé de madeira, flash de magnésio e a maleta com as chapas. Malta era considerado uma pessoa sistemática pois identificava todos os negativos que produzia com seu nome, data e alguma referência sobre o registro.
É considerado um dos precursores do fotojornalismo no país. Além disso, as suas fotos eram freqüentemente aplicadas também em publicações ilustradas como, por exemplo, Kosmos, Fon-Fon e Careta, assim como cartões postais que eram moda na época.
No dia 30 de junho de 1957, aos 93 anos de idade no Rio de Janeiro, Malta nos deixava. Mas, o seu vasto e rico legado material fotográfico, ao menos o que não desapareceu ou se perdeu devido a danos físicos por má conservação, é estudado por muitos pesquisadores. A sua produção remanescente encontra-se distribuída por diversas instituições como o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Instituto Moreira Salles e Biblioteca Nacional, por exemplo. (Seção de Iconografia)
A Fundação Biblioteca Nacional possui sob a sua guarda na Seção de Iconografia alguns dos importantes trabalhos do Malta, como por exemplo, um álbum com 49 fotografias referente à Exposição Internacional do Centenário da Independência que aconteceu no Rio de Janeiro, no período de 7 de setembro de 1922 a 23 de março de 1923. Acesse o documento na BN Digital através do link:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon46126/icon46126.pdf
Entre outros trabalhos que estão na instituição e que podem ser consultados na BN Digital há também registros da Exposição Nacional de 1908 e o desmonte do Morro do Castelo, por exemplo.
Veja imagens da Praia Vermelha e Urca dentro da Exposição Nacional de 1908 nos links a seguir:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1355814/icon1355814.jpg
Acesse:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1355807/icon1355807.jpg
Veja também duas imagens dos seus registros sobre o desmonte do Morro do Castelo:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1402171/icon1402171.jpg
Acesse:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1402188/icon1402188.jpg