Arte | Alair Gomes, fotógrafo, engenheiro e crítico de arte
13 jan 2021
Artigo arquivado em Arte
e marcado com as tags Acervo Brasileiro, Alair Gomes, Arquivo Pessoal, Biblioteca Nacional, Fotógrafo Brasileiro, Homoerotismo, Secult
Alair de Oliveira Gomes nasceu em 21 de dezembro de 1921, em Valença, interior do estado do Rio de Janeiro. Filho caçula, junto com a família mudou-se para a capital do estado ainda criança. Em 1944 graduou-se em engenheira pela Universidade do Brasil, atual, UFRJ. Exerceu por pouco tempo a profissão, mas, já dava início ao seu hábito de registrar, com a produção e acumulação de cadernos de estudo e anotações.
Durante a década de 50 iniciou os escritos dos diários íntimos, com relatos reais e fictícios de seus olhares e desejos sexuais. Nas décadas de 50 e 60, além de sua intimidade dedicou-se aos estudos, em adquirir conhecimento nos assuntos que lhe interessavam, estudou matemática, filosofia, religião, arte, biologia, neurociência. Nas décadas seguintes foi professor na UFRJ, foi conferencista, palestrante e convidado de eventos acadêmicos e culturais, estreitou laços com renomados cientistas da época. Viajou pela Europa, Estados Unidos e Brasil, escreveu, olhou atentamente através de sua janela em Ipanema, frequentou galerias, ministrou cursos de fotografia, foi jurado de desfile de escolas de samba e com olhar único, fotografou.
De forma entrelaçada com as atividades acadêmica e profissional, Alair realizou a atividade que o marcou, a fotografia. Nela, conseguiu expressar o seu olhar de mundo, de voyer, de paixão, sobre as viagens, paisagens, obras de arte, sobretudo, na praia e nos homens. Alair foi um indivíduo permeado pela arte do registro, na escrita, fotografia ou acumulação de itens significativos, como cartões-postais, recortes de jornais e propagandas. Criador e acumulador de um vasto acervo pessoal, de cunho científico, cultural e erótico, após a sua morte em 1992, a Fundação Biblioteca Nacional recebeu como doação a maior parte de sua obra. E cabe salientar, que, atualmente, a Coleção Alair Gomes é a maior de fotografia contemporânea da FBN.
A doação do acervo, foi realizada em dois momentos, o primeiro em dezembro de 1994 e a segunda em setembro de 2004. Durante a primeira doação foram entregues a maior parte das fotografias e os negativos, totalizando cerca de 16 mil fotografias e 150 mil negativos. Já em 2001 foram doados os documentos textuais, impressos e efêmeros. O volumoso acervo, que segue em processamento técnico, encontra-se depositado da Seção de Iconografia e possibilita inúmeras fontes de pesquisas, como o homoerotismo, as praias cariocas, moda, paisagismo, peças teatrais, esportes, carnaval, conteúdo acadêmico, artes e inúmeras correspondências com variados assuntos.
No link, abaixo é possível navegar e conhecer um pouco do artista e de sua obra na exposição virtual realizada pela Biblioteca Nacional em 2016. A exposição “Alair Gomes: muito prazer”, de curadoria de servidoras da instituição relevou parte do acervo, proporcionando ao pesquisador visualizar diferentes partes da obra de Alair.
Confira: https://bndigital.bn.gov.br/exposicoes/alair-gomes-muito-prazer/
Durante a década de 50 iniciou os escritos dos diários íntimos, com relatos reais e fictícios de seus olhares e desejos sexuais. Nas décadas de 50 e 60, além de sua intimidade dedicou-se aos estudos, em adquirir conhecimento nos assuntos que lhe interessavam, estudou matemática, filosofia, religião, arte, biologia, neurociência. Nas décadas seguintes foi professor na UFRJ, foi conferencista, palestrante e convidado de eventos acadêmicos e culturais, estreitou laços com renomados cientistas da época. Viajou pela Europa, Estados Unidos e Brasil, escreveu, olhou atentamente através de sua janela em Ipanema, frequentou galerias, ministrou cursos de fotografia, foi jurado de desfile de escolas de samba e com olhar único, fotografou.
De forma entrelaçada com as atividades acadêmica e profissional, Alair realizou a atividade que o marcou, a fotografia. Nela, conseguiu expressar o seu olhar de mundo, de voyer, de paixão, sobre as viagens, paisagens, obras de arte, sobretudo, na praia e nos homens. Alair foi um indivíduo permeado pela arte do registro, na escrita, fotografia ou acumulação de itens significativos, como cartões-postais, recortes de jornais e propagandas. Criador e acumulador de um vasto acervo pessoal, de cunho científico, cultural e erótico, após a sua morte em 1992, a Fundação Biblioteca Nacional recebeu como doação a maior parte de sua obra. E cabe salientar, que, atualmente, a Coleção Alair Gomes é a maior de fotografia contemporânea da FBN.
A doação do acervo, foi realizada em dois momentos, o primeiro em dezembro de 1994 e a segunda em setembro de 2004. Durante a primeira doação foram entregues a maior parte das fotografias e os negativos, totalizando cerca de 16 mil fotografias e 150 mil negativos. Já em 2001 foram doados os documentos textuais, impressos e efêmeros. O volumoso acervo, que segue em processamento técnico, encontra-se depositado da Seção de Iconografia e possibilita inúmeras fontes de pesquisas, como o homoerotismo, as praias cariocas, moda, paisagismo, peças teatrais, esportes, carnaval, conteúdo acadêmico, artes e inúmeras correspondências com variados assuntos.
No link, abaixo é possível navegar e conhecer um pouco do artista e de sua obra na exposição virtual realizada pela Biblioteca Nacional em 2016. A exposição “Alair Gomes: muito prazer”, de curadoria de servidoras da instituição relevou parte do acervo, proporcionando ao pesquisador visualizar diferentes partes da obra de Alair.
Confira: https://bndigital.bn.gov.br/exposicoes/alair-gomes-muito-prazer/