BNDigital

Artes | Grande Otelo, o Sebastião Bernardes de Souza Prata

18 out 2021

Artigo arquivado em Arte
e marcado com as tags Biblioteca Nacional, Grande Otelo, Secult

O ator e compositor Grande Otelo (1915-1993) ganhou o apelido de “Otelo” na Companhia Lírica Nacional em São Paulo, onde fazia aulas de canto Lírico. Era o pequeno Otelo que virou grande.

Iniciou sua carreira artística, ainda menino, quando ingressou na Companhia Negra de Revista, daí para a Companhia Jardel Jércules onde foi aclamado pela crítica da imprensa. O Rádio foi o próximo passo, atuando na Rádio Nacional, Rádio Tupi, entre outras. Nesta época compôs muitos sambas, principalmente com Herivelto Martins, entre eles, “Praça Onze”, samba que marcou o fim do lugar ícone da música popular com a abertura da avenida Presidente Vargas.

No cinema, a imagem de Grande Otelo ficou marcada pelo filme “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na obra de Mario de Andrade. Sua carreira no cinema foi longa e importantíssima para a história do cinema nacional.

Começou na Cinédia em 1937 com “Noites Cariocas” e foi um dos atores mais populares da Atlântica, a companhia cinematográfica mais importante do país. O gênero mais popular era a chanchada, que possuía elementos do teatro de revista e da comédia de costumes. Foi neste gênero que fez grande sucesso com uma dupla cômica com Oscarito, com quem iniciou no filme “Tristezas não pagam dívidas”. Com Oscarito fez “matar ou correr”, uma paródia do faroeste americano “matar ou morrer”, “Carnaval de Fogo”, onde fizeram uma paródia hilária de Romeu e Julieta.

Na televisão fez sucesso na TV Tupi e TV Rio. Entrou para a TV Globo nos anos de 1960 fazendo parte de novelas e do programa “Escolinha do professor Raimundo”, seu último trabalho de sucesso.

(Seção de Iconografia)


Manchete, 4 de dezembro de 1993.