BNDigital

Bibliotecas Nacionais | Criação da Biblioteca Nacional da China

18 maio 2022

Artigo arquivado em Bibliotecas Nacionais
e marcado com as tags Biblioteca Nacional da China, Cultura Chinesa, NLC, Secult

O extremo Oriente está presente no imaginário ocidental desde as lendárias viagens do navegador e mercador europeu Marco Polo. No século XVI, no contexto das Grandes Navegações, os portugueses estabeleceram colonização na região onde hoje está a cidade de Macau. Furando o bloqueio do Império Chinês, Portugal consegue manter sua colônia de 1557 até 1999 - tendo sido essa a primeira e a última colônia europeia estabelecida na Ásia.

O Ocidente teria contato, dessa forma, com a arquitetura (construção): http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon948240.jpg,

Grande Muralha:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon1153149.jpg

as artes (escultura):

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon1153118.jpg

grupo de teatro:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon948190.jpg

a religiosidade (templo budista):

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon1153139.jpg

e os hábitos do povo chinês (família chinesa):

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon948171.jpg

Assim, a rica cultura chinesa atrai os olhares brasileiros desde, pelo menos, meados do século XIX quando, segundo o pesquisador André da Silva Bueno, buscavam-se alternativas para a substituição da mão de obra africana escravizada e são encontrados, em intelectuais como Quintino Bocaiúva e Xavier Pinheiro, discursos favoráveis à contratação dos trabalhadores chineses.

Veja mais sobre essa aproximação em:

http://bndigital.bn.gov.br/dossies/o-brasil-encontra-o-extremo-oriente-a-primeira-missao-brasileira-a-china-1880/introducao/

Feita essa breve introdução sobre as relações entre o Ocidente e a cultura asiática, aqui sendo representada pela China, falaremos de uma das preciosidades daquele país. Localizada em Beijing e depositária de um acervo de mais de 26 milhões de itens, a Biblioteca Nacional da China (chinês simplificado: 中国 国家 图书馆; chinês tradicional: 中国 国家 图书馆; pinyin: Zhongguo guójiā túshūguǎn) é considerada a maior biblioteca da Ásia e uma das maiores do mundo. Originou-se da Biblioteca da Capital, fundada em 24 de abril de 1909 pelo govero Qing - tendo sido inicialmente denominada "Biblioteca Metropolitana" (Jīngshī túshūguǎn, 京师图书馆).

Oficialmente inaugurada após a Revolução de Xinhai, em 1912, quatro anos depois tornou-se biblioteca depositária, o que lhe rende atualmente o status de ter o mais rico acervo de literatura e documentos históricos chineses, no mundo. Em julho de 1928, seu nome foi mudado para Biblioteca Nacional de Pequim e posteriormente foi alterado para Biblioteca Nacional (Diário de Notícias, http://memoria.bn.br/DocReader/093718_01/10053).

Dentre suas raridades, estão arquivos e livros "Biblioteca Imperial Wenyuange" - que compreendem obras das Dinastias Qing e Song -, com inscrições nos mais diversos e inusitados tipos de suporte, como conchas, casco de tartaruga, ossos, além dos tradicionais manuscritos e volumes bloco (estela com inscrições: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon325574/icon948235.jpg).

No ano de 2004, inseriu-se no programa de Preservação e Conservação documental da Federation of Library Associations and Institutions (IFLA-PAC), cujo objetivo principal é manter cooperação internacional para a preservação e conservação de documentos. Em 2009, foi criado o Centro de Língua Chinesa também vinculado à IFLA, com o intuito de dar suporte à atuação da seção asiática daquela Federação, promovendo ações de preservação, divulgação, incentivo à conservação de acervos na região.

Passados mais de 90 anos do poema que abre esse artigo, hoje vemos uma China bem atuante, e desperta, no cenário mundial. E um dos exemplos é a sua biblioteca que, ocupando uma posição estratégica na Ásia, contém publicações oficiais da Organização das Nações Unidas e de governos estrangeiros, além de uma coleção de literatura e outros documentos, em cerca de 120 línguas.

No acervo físico e digital da nossa Fundação Biblioteca Nacional são encontradas obras da cultura chinesa, como gravuras, imagens de imigrantes, cidades, obras de arte, além de periódicos como Zhongguo tu shu guan xue bao (Revista da Biblioteca de Ciências da China) e Boletim Bibliográfico de Macau.

 

Explore outros documentos:

Diário do Paraná

http://memoria.bn.br/DocReader/761672/75151 (sobre colecionador)

Tribuna da Imprensa

http://memoria.bn.br/DocReader/154083_06/32404 (exposição de fotos de Paris que foi feita la)

Jornal do Commércio

http://memoria.bn.br/DocReader/364568_18/30843

Site da biblioteca

http://www.nlc.cn/newen/

 



Poema que faz referência à China (Cruzeiro)