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História da Ciência | Escola de Farmácia de São Paulo

18 maio 2021

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No Império, a elaboração de medicamentos e a administração das farmácias não eram exclusividade dos farmacêuticos diplomados nas faculdades de medicina. Os práticos tinham licença para exercer estas funções até 1884. Os cursos de farmácia eram oferecidos pelas faculdades de medicina do Rio de Janeiro e Bahia. A única faculdade de farmácia era a de Ouro Preto e, mesmo assim, até 1883, seu diploma só era reconhecido nos limites da província mineira.

A partir de 1891, a Constituição Republicana estabeleceu um sistema educacional descentralizado, com isso o ensino farmacêutico estendeu-se a outros estados, além do Rio de Janeiro e Bahia. Neste contexto, em plena força econômica do poder cafeeiro, a Sociedade Farmacêutica de São Paulo, fundada em 1894, criou a Escola Livre de Farmácia em 1898.

Inaugurada em 1899, era uma instituição de caráter privado, mas contava com o financiamento do governo estadual. Era a principal instituição de ensino na área médica de São Paulo até a criação da Faculdade de Medicina do Estado, em 1912. Incorporava a área de odontologia e obstetrícia, esta última até 1912 quando passou a denominar-se Escola de Farmácia e Odontologia de São Paulo. Em 1934 a Escola foi anexada à Universidade de São Paulo. Em 1962 ocorre a separação dos cursos farmacêuticos e odontológicos, quando foi criada a Faculdade de Farmácia e Bioquímica e transferida mais tarde, em 1965, para o campus da cidade universitária no bairro do Butantan.

A imagem deste post corresponde a segunda sede da escola na rua Marquês de três Rios, no bairro do Bom Retiro. Pertence à Seção de Iconografia e integra um conjunto de cartões-postais sobre a cidade de São Paulo. Consta no livro de registro da Biblioteca que foi doada em 1922, pela Papelaria Pauliceia.

(Seção de Iconografia)

ESCOLA de Pharmacia,. In: [ESTADO de São Paulo]. São Paulo, SP: [s.n., 192-?]. 40 cartões-postais, colotipia, p&b, 9 x 14 cm. p. 40 cartões-postais, cartão-postal 16.