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Império do Brasil | Morte do poeta abolicionista brasileiro Joaquim Xavier da Silveira

30 ago 2020

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Nascido no Brasil Império, Joaquim Xavier da Silveira fez parte de uma geração de intelectuais dedicados a campanha abolicionista. Oriundo da cidade de Santos, seguiu para a capital paulista a fim de iniciar os estudos na Escola de Direito. A permanência financeirana universidade dependeu do desempenho das funções de guarda-livros, auxiliar de escritórioe mais tarde como comerciante na Casa Vergueiro & Cia.

A experiência acadêmica ampliou sua luta pela emancipação de mulheres e homens negros, tornando-o efetivamente advogado de muitos escravos. As iniciativas de defesas, muitas frustradas, acabaram por fomentar a desistência formal nas Ciências Jurídicas. No entanto, a causa abolicionista se manteve. A imprensa teve papel fundamental para veiculação dos manifestos pró-libertação dos escravos. Xavier da Silveira fundou “A Imprensa” e atuou no “Diário de Santos”.

Poeta e escritor, teve suas obras publicados post-mortem. “Porque Amo a Noite”, “Só”, “História de Um Escravo” e “Poesias” foram publicadas pelo filho Joaquim Xavier da Silveira Junior em 1902.

Ruas em seu nome podem ser localizadas na cidade de Santos e no bairro de Copacabana na cidade do Rio de Janeiro, fazendo justa homenagem ao poeta e líder abolicionista.

Morreu jovem aos 34 anos, em 30 de agosto de 1874, vítima da varíola, doença que assolava o país. Entre as homenagens, destacaram-se os obituários publicados em jornais de grande circulação, destacando asua mente notável e o seu brilhantismocomo orador, poeta e jornalista, tal como observamos na imagem através do periódico “A Reforma: órgão democrático” publicado na cidade do Rio de Janeiro em 1874.

(Seção de Iconografia)


http://memoria.bn.br/DocReader/226440/6314