BNDigital

Literatura | Caetés: estreia de Graciliano Ramos na literatura completa 90 anos

07 fev 2023

Artigo arquivado em Literatura

No mundo da literatura, os exemplos de talentosos escritores bombardeados – ou pior, ignorados – pela crítica assim que lançam seu primeiro livro são abundantes. E não é que foi assim com Graciliano Ramos? Assim se deu o caso de Caetés, seu primeiro romance a vir a lume. Nele se conta a história do introvertido porém perspicaz e ambicioso João Valério, que tem o infortúnio de se ver como intelectual numa decadente cidade pequena: imerso numa sociedade mesquinha, recheada de aduladores invejosos, patifes medíocres e carolas sonsas, todos maledicentes e sem grandes perspectivas. Antropofágicos, como os caetés do Bispo Sardinha. Como se não bastasse, o protagonista ainda se apaixona por Luísa, a mulher de seu chefe, Adrião Teixeira. Apesar de ser desses que não têm coragem para desafiar as ordens estabelecidas, Valério enfim obtém apimentadas condescendências de sua amada. Ambos acabam denunciados por uma carta anônima de consequências funestas e, no fim, um tanto irônicas – mas não daremos cá o spoiler, caro leitor. Pois bem. Não foi moleza: de Caetés a Vidas Secas foi um longo caminho até Graciliano Ramos ser considerado um gênio literário, ainda em vida. Sua estreia na literatura brasileira completa 90 primaveras neste 2023, justamente um ano antes de sua obra entrar em domínio público.

***

Graciliano Ramos foi um dos autores de primeira linha do chamado “Romance de 30”: termo que se usa para definir a literatura moderna brasileira que ganhou força nos anos 1930, sob influência da Semana de Arte Moderna de 1922: ao seu lado estão simplesmente Jorge Amado, Rachel de Queiroz, José Lins do Rêgo, Cornélio Pena, Jorge de Lima, Dyonelio Machado, Érico Veríssimo, entre outros, incluindo José Américo de Almeida, que com A bagaceira, em 1928, abriu alas para o grupo. Diferentemente de Oswald de Andrade, tais autores, por essa época, não tinham interesse em celebrar uma única e total “brasilidade”, pelo contrário: estavam focados em colocar no papel, preto sobre branco, questões sociais inerentes a realidades regionais, em especial dos torrões tupiniquins de onde vinham: eis a grande literatura do Brasil profundo, até então relativamente inédita. Todo o desenrolar ficcional de Caetés acontece afinal na pacata Palmeira dos Índios, no agreste alagoano, pertinho da Quebrangulo natal do “velho Graça”, como o chamava o colega José Lins. Pois Graciliano conhecia a cidadezinha muito bem: antes de cair na literatura, foi prefeito de lá, eleito em 1928.

"Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construir estradas". Foi o que Graciliano escreveu a respeito do momento em que esteve à frente de Palmeira dos Índios, numa espécie de “autorretrato” para o suplemento literário da revista Letras e Artes, em 1948 (ver os links abaixo). Por essas e outras, pode-se dizer que sua passagem pela prefeitura da cidade não foi nenhuma unanimidade: renunciou ao cargo em 30 de abril de 1930, em telegrama ao governador alagoano Álvaro Paes. Na ocasião, o mesmo o ofereceu o cargo de direção da Imprensa Oficial do estado, ao que Graça aceitou: queria mesmo era a vida em Maceió, abandonando o sufocante e estreito interior. Vendeu a lojinha que tinha em Palmeira – de nome Sincera, um bom nome, já que seu dono sempre foi um legítimo sincerão, doesse a quem doesse – e partiu.

Quando saiu de Palmeira dos Índios, Graciliano "deixou para trás o descontentamento de membros de uma oligarquia grotesca contrariados com as decisões políticas e sociais durante o seu governo municipal", conforme aponta a também sincera Elisabeth Ramos, neta e pesquisadora da obra do escritor, em prefácio da edição comemorativa de 80 anos de Caetés, lançada em 2013 pela Editora Record. Para ele, naqueles dias, ainda mais interessante do que a mudança foi uma carta do Rio de Janeiro chegada pouco antes da ida para Maceió: era de Augusto Frederico Schmidt, que demonstrava interesse em publicar os originais de certa obra que lhe havia sido encaminhada – e ainda sendo trabalhada – por Graciliano. O resto é história.

Lançando Caetés em 1933 pela Livraria Schmidt Editora, com arte de capa de Tomás Santa Rosa e ilustrações de Poty Lazarotto, enquanto seu autor residia em Maceió – onde depois de chefiar a Imprensa Oficial de Alagoas assumiu a direção do departamento de instrução pública do estado, equivalente a uma atual secretaria de educação – o estreante Graça, de certa forma, deitava e rolava na tacanha realidade interiorana. Quase uma vingança. Ainda nas palavras de Elisabeth Ramos, a respeito do avô, sua
(…) capacidade de observação crítica do cotidiano e o hábito contumaz da leitura possibilitaram a Graciliano Ramos deslocar ficcionalmente para o vilarejo de Palmeira dos Índios, da década de 1920, as múltiplas manifestações da miséria humana e os costumes de uma cidadezinha, sem árvores, sem sorrisos, "muito suja e muito escavacada, como diria o autor em um dos seus Relatórios. Aqui, sob o calor intenso, personagens suados, viventes de um ambiente abafado e vagaroso de dissimulações e intrigas miúdas logo esquecidas em nome do falso bem-estar da convivência política e social, dedicam-se ao jogo de bilhar, ao pôquer, ao xadrez, ao leilão, ao júri, à procissão, à religião, à maledicência. Caetés condensa observações com precisão e, sem excessos ou maniqueísmo, fixa no meio físico urbano e provinciano a vida morna e estreita de decadência moral. Obra de um autor avesso ao movimento modernista dos anos 20, em Caetés, fazendo uso de um jogo de palavras, a antropofagia nada salva.

***

Caetés ganhou até hoje 33 edições, a mais recente de 2015, pela editora carioca Record. Fora as lançadas em Portugal, desde 1962. Mas, no início, o livro não foi devorado com muito entusiasmo pelos exigentes leões da crítica. Antonio Candido, em seu “Ficção e confissão: ensaios sobre Graciliano Ramos”, expressa que, na verdade, Caetés foi um exercício, estritamente ligado à escola do pós-naturalismo, bom para bombar o autor para as obras posteriores. Em seu estudo, quanto à “magreza” da obra, cita leituras lançadas por Valdemar Cavalcanti e Aurélio Buarque de Holanda no mensário cultural carioca Boletim de Ariel – respectivamente nas edições números 3 e 5 do ano III, de dezembro de 1933 e fevereiro de 1934. O primeiro afirmava que Graciliano "Tem uma simplicidade, uma disciplina, uma secura de fala que fazem o caráter meio exótico de sua fisionomia". E que, afinal, isso era positivo: "o romancista alagoano é bem um exemplo vivo de que também na literatura a banha não é sinal de saúde". Já Aurélio vai por outro caminho. Embora elogiasse o rigor técnico do romance do estreante, se incomodava com o excesso de diálogos em Caetés. E, de seu espaço na revista, implicava com a falta de sentimentos dos personagens e com o estilo não “enxuto”, mas “árido” e “frio” da escrita Graciliana:
(...) a gente nota que ele faz grande economia de papel. Escreve quase como quem passa telegrama, pagando caro por cada palavra. O mundo de observações do romancista parece ficar angustiado nas 230 páginas do romance. O seu horror sagrado pelo verbalismo chega a torná-lo um tanto sem entusiasmos, sem essa vibração que arrasta o leitor para dentro da obra. Compreendendo que a reta é a menor distância entre dois pontos, raramente deixa levar-se pela sedução das curvas, não querendo ver que na arte o ideal não é procurar os caminhos mais curtos, mas sim os caminhos mais belos. Ver de uma extremidade a outra extremidade é muito monótono, embora às vezes muito necessário. (...) À moleza da curva é preciso opor de vez em quando a aspereza da reta, formando assim o estilo ideal – em linhas mistas.

Aurélio, é bem verdade, terminava sua crítica dizendo que os defeitos de Caetés “não chegam a obscurecer” o livro. E que, um dia, Graciliano “pode, sem favor, formar na fileira dos melhores romancistas do Brasil”. Pensando parecido, Antonio Candido, enfim, julgava Caetés fora do corpo da obra do escriba alagoano, num intermédio entre a mesma e os lugares comuns das tendências em voga no romance brasileiro da época. Não é exatamente que ele e Aurélio não enxergassem valores na história de João Valério: apenas a achavam produto de uma espécie de proto-Graciliano, ou de um velho Graça de calças curtas. Intelectuais como Osman Lins e Rui Mourão já não foram na mesma toada, pelo contrário: o primeiro ressalta mesmo que parte da crítica pegou pesado com Graciliano, quando estreante.

De certa forma, cá daremos o braço a torcer para a opinião de Antonio Candido. O velho Graça volta aos problemas de Valério com mais profundidade nos livros seguintes, S. Bernardo e Angústia – neste, o protagonista Luís da Silva é praticamente um aperfeiçoamento do personagem principal do livro de estreia. “Se Caetés resulta em romance menos elaborado do que os livros seguintes, isso se deve em parte ao fato de que os problemas são ali tocados superficialmente se comparados à abordagem que teriam nas obras posteriores”, frisa Luís Bueno no livro “Uma história do romance de 30” (p. 605). Mas, pelo sim, pelo não, cabe ressaltar algumas outras coisas a respeito de Caetés.

***

Indo um tico além das peripécias conjugais envolvendo João Valério e Luís, o protagonista do livro prepara, sem obter grandes avanços, um romance histórico sobre os indígenas caetés. É um jovem pretensamente intelectual com ambições de conquistar o seu próprio destino numa realidade de cidade pequena, onde trabalha num escritório de firma comercial como guarda-livros. Mas engana-se quem acha que Valério sobra por ali, merecendo e almejando coisa muito maior, numa vida agitada e cosmopolita de cidade grande: a verdade é que não pretende sair dali, apesar de enxergar defeitos em tudo e em todos. Inveja particularmente seu chefe, por sua posição de relevo como empresário e por sua vida conjugal ao lado de Luísa.

No romance, a tortuosa vida intelectual do protagonista – que ainda colabora com um jornal local – aparece como uma forma de arrivismo social, sendo descartável a partir do momento em que Valério atinge certo nível na pujante alta sociedade de Palmeira dos Índios: na ocasião, diz mesmo abandonar seu projeto literário e sua colaboração no jornal. Luísa é igualmente dispensada pelo protagonista, assim que se mostra alcançável. Assim como ela, a literatura simplesmente “não é coisa séria”, afinal. É o que Graça parece afirmar, ao burilar dizeres ásperos de Valério: frente ao poder, ao dinheiro e à bajulação, de que de fato valem as letras? Onde elas residem, nesse universo? Eis uma crítica e tanto ao meio cultural, como um todo, ontem e hoje. "A literatura está sempre a serviço de uma classe”, dizia Graciliano à revista carioca Manchete em 1952, em uma reportagem especial sobre seus 60 anos. “E como no Brasil a classe dominante está em decadência, também a literatura é decadente", completava, ferino como sempre (ver links abaixo).

Pesa nesse sentido, ainda em Caetés, a figura de um coadjuvante, Evaristo Barroca. É um tipo facilmente encontrado do Oiapoque ao Chuí: o do intelectual de quermesse, visto como brilhante na cidadezinha, na verdade um subserviente e oportunista puxa-saco de autoridades, dado a elogiosas “miçangas literárias” e “trivialidades abjetas” em trololós rebuscados e vazios, capazes de embasbacar apenas aos medíocres. Valério vê seu caráter. Mas, ao passo em que o odeia, o inveja, assim como a Adrião. Diz Luís Bueno:
Nessa perspectiva, João Valério não se opõe aos valores de seu meio, antes integra-se a eles e os aceita de forma até mesmo exemplar. Não há conflito, há apenas um ressentimento pela inferioridade que, dentro daquela ordem de coisas, procura alguma via de superação. O conflito entre Valério e a sociedade de Palmeira dos Índios é aparente, portanto (p. 605)

Não à toa, em tons de censura, Aurélio apontou o livro como uma opção a favor dos incultos: "Os melhores tipos da sua galeria são exatamente os mais ignorantes, os que mais aproximados se acham do estado primitivo". Mas essa talvez seja uma interpretação apressada: ironicamente lemos essa crítica impressa num romance. Uma das leituras possíveis de Caetés é que o próprio livro fora “escrito” por Valério, um alter ego juvenil de Graça, que, no fracasso de escrever sobre os caetés, escreveu, afinal, a história íntima de seu fracasso. Das duas uma: a limitada forma como a literatura aparece na sociedade interiorana de Palmeira dos Índios ou é de uma ambivalência dos diabos ou faz parte de uma falsa crítica, posto que Palmeira dos Índios na verdade não possui um “verdadeiro” meio letrado. Ou talvez o velho Graça estivesse a brincar com a cara do leitor. E é por dar nós assim, na nossa cabeça, que a literatura é um barato.

Interpretações à parte, Caetés é isso: um relato sóbrio, vigoroso e pessimista sobre uma sociedade vegetativa, em declínio. Narrativa onde a crueldade e o desespero inerentes à humanidade vêm à tona, apesar de camadas e camadas de verniz social.



 

Explore os documentos:

Dizia o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, em 1930: o governador alagoano Álvaro Paes acabava de encarregar certo Graciliano Ramos, ex-prefeito de Palmeira dos Índios, como diretor da imprensa oficial de Alagoas. Pouco depois, em 1933, mesmo ano que Caetés daria início à sua carreira como romancista, jornal dava conta da movimentação do departamento de “Instrucção” do estado, dirigido por Graça. "Alagoas não tomou conhecimento da cacographia!", acusava o escritor-funcionário em 1934, apenas para ser exonerado, dois anos depois, quando preso pelo governo Vargas, em dezembro de 1936. Na ocasião, o CM denunciava os excessos do regime: “Liberdade para os que não têm culpa”. Solto, Graciliano assumia “funções de inspector de ensino secundario no Districto Federal”, em 1938:
http://memoria.bn.br/DocReader/089842_04/3736
http://memoria.bn.br/DocReader/089842_04/19089
http://memoria.bn.br/DocReader/089842_04/22861
http://memoria.bn.br/DocReader/089842_04/37913
http://memoria.bn.br/DocReader/089842_04/48459

Eis o Boletim de Ariel, “Mensário crítico-bibliográfico”: entre 1933 e 1934, críticas de Caetés feitas por Valdemar Cavalcanti e Aurélio Buarque de Holanda foram vistas como as principais do romance de estreia de Graciliano Ramos:
http://memoria.bn.br/DocReader/072702/703
http://memoria.bn.br/DocReader/072702/759

Nos anos 1940, Graciliano Ramos costumava aparecer nas páginas da revista carioca Cruzeiro, dos Diários Associados, publicando crônicas e contos:
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/27708
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/29709
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/30643
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/37772

Segundo a revista Manchete, aniversário de 60 anos de Graciliano Ramos, em 1952, teve uma "festa popular, realizada na Câmara Municipal, do Rio", onde um "milagre" se fez presente: o da "união nacional dos escritores de todas as tendências". Não à toa, Graça era "Considerado o maior escritor brasileiro vivo".
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/1189

Pouco depois, ainda na esteira das comemorações em 1952, Manchete faz uma reportagem especial sobre o autor. Foi em tempo: com a saúde debilitada por um câncer e pelo tempo em que passou encarcerado como preso político do Estado Novo, a ponto de não comparecer à sessão em sua homenagem na Câmara Municipal, já no ano seguinte o autor faleceria. Além de se afirmar como um dos “menores”, e sem imaginação, Graça ainda assim dizia: “Romance é tudo nesta vida!”
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/1287
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/1288
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/1289
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/1290

No ano seguinte, enfim, o velho Graça descansava. Seu velório foi coberto pela Manchete:
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/3236

Em 1953, na coluna “Arquivos implacáveis”, publicada n’O Cruzeiro, o antigo arquivista João Condé presta homenagem a Graça, com quem travava contato quase diariamente na Livraria José Olympio. Ali vemos uma das raras imagens de Graciliano jovem, com ares de João Valério:
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/86253

Coluna “Arquivos implacáveis” publicou ainda duas cartas de Graciliano. A primeira em 1954, endereçada à esposa do romancista, datada de 24 de outubro de 1932, quando Graça ainda se encontrava por Palmeira dos Índios: “Aqui é assim, Ló. Uma peste”. E a segunda, em 1956, de 21 de novembro de 1914, destinada ao amigo Tobias, enquanto o autor esteve de passagem pelo Rio de Janeiro:
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/91023
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/102412

Uma conversa com o padre Macedo. Em 1956 Manchete ia até Palmeira dos Índios conversar com o pároco local, que conhecia Graciliano Ramos desde a infância. “Desconfio que Graciliano está no céu”:
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/16107
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/16108

Jorge Amado, sobre Graciliano Ramos. Texto do autor baiano, que seria usado como prefácio de edição de Vidas secas, foi publicado em 1961, no Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo:
http://memoria.bn.br/DocReader/098116x/1311

Em 1972, Suplemento Literário mostrava um autorretrato de Graciliano, publicado pelo mesmo em 1948, no encarte literário da revista Letras e Artes: numa época em que era inspetor de ensino e trabalhava no Correio da Manhã, escritor fumava três maços de cigarro por dia, só tinha cinco ternos (todos estragados), era indiferente à música (e a estar preso ou não), calçava 41, gostava crianças e de palavrões (escritos ou falados) e esperava morrer com 57 anos (morreu de fato com 60):
http://memoria.bn.br/DocReader/098116x/4828

 

Bibliografia:

ABEL, Carlos Alberto dos Santos. Graciliano Ramos: cidadão e artista. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999.

BUENO, Luís. Uma história do romance de 30. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Campinas: Editora da Unicamp, 2006.

Caetés (1933). Graciliano Ramos: Site oficial do escritor Graciliano Ramos. Disponível em: https://graciliano.com.br/obra/caetes-1933/. Acesso em 19 de janeiro de 2023.

CANDIDO, Antonio. Ficção e confissão: ensaios sobre Graciliano Ramos. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006.

DACANAL, José Hildebrando. O romance de 30. Porto Alegre: Novo Século, 2001.

RAMOS, Graciliano. Caetés. Rio de Janeiro: Record, 2013.