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Literatura | Honoré de Balzac, pioneiro do realismo

18 ago 2021

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Honoré de Balzac nasceu em 20 de maio de 1799 em Tours, França. Estudou em colégio interno, onde costumava ser posto de castigo nas masmorras, e aproveitava a solidão do lugar para se deleitar em leituras. Em 1816, já morando em Paris com sua família, deu início aos estudos na Sorbonne. Por três anos se dedicou ao direito como aprendiz de Victor Passes, um amigo da família. Após esse período percebeu que não possuía inclinação para a profissão e passou a se ocupar da escrita.

Em 1819 publicou seu primeiro livro “Cromwell”, uma peça de teatro. Publicou outras peças e romances que, assim como o primeiro, não obtiveram sucesso.
Desanimado com a carreira de escritor, se lançou em atividades comerciais que possuíam vínculo com a literatura. Teve uma tipografia, mas não teve sucesso, gerando o início de um endividamento. Foi acionista majoritário do jornal "Chronique de Paris", que faliu alguns meses depois. Fundou a revista "La ReveuPariziense" que durou apenas 3 edições.

Devido a tantos infortúnios, Balzac contraiu dívidas que o fizeram trabalhar incansavelmente até o fim de sua vida. Regado a muito café, o escritor trabalhava de 12 a 16 horas diárias, chegando a trabalhar por dias ininterruptos na conclusão de obras. Sua primeira obra de sucesso foi publicada em 1829 sob o título “les Chouans”

Sua obra “A comédia humana” conta com 89 títulos que foram escritos ao longo de 21 anos. A gravura que ilustra essa postagem foi publicada na obra “La transaction” em 1832 e posteriormente integrou “A comédia humana” sob o título “Le ColonelChabert”. Trata-se de uma litografia feita pelo artista francês Alphonse Bichebois (1801-1850). Entre suas obras mais famosas está Balzac foi um dos pioneiros do realismo e um escritor prolífico. Entre suas obras de maior sucesso estão: “A Mulher de Trinta Anos”, “EugènieGrandet”, “O Pai Goriot”, “O Lírio do Vale”, “As Ilusões Perdidas”, “A Prima Bette” e “O Primo Pons”.

O alto consumo de cafeína e a dedicação excessiva ao trabalho abreviaram a vida de Balzac que em 18 de agosto de 1850, aos 51 anos, morreu em decorrência de problemas cardíacos.