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Literatura | Júlio Verne: um encontro entre literatura e ciência

24 mar 2021

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Jules-Gabriel Verne, conhecido como Júlio Verne nos países de língua portuguesa, foi um escritor francês que nasceu em Nantes, em 8 de fevereiro de 1828. Filho de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allotte de la Fuÿe. Mudou-se para Paris em 1847 para estudar direito, com o objetivo de atender o desejo do pai e substituí-lo no comando de um escritório de advocacia. Frequentou salões literários e criou um clube de amigos solteiros formado por literatos, pintores e músicos chamado “Onze-sem-mulher”. Em 1852 abandonou o curso de direito para dedicar-se com exclusividade à literatura. Em 1862, depois de ter passado por diversos editores, fechou contrato com Pierre-Jules Hetzel, que se tornou seu amigo e seu único editor, numa parceria que permaneceu mesmo após a morte de Hetzel.

Amante das ciências e da geografia, Verne é considerado o pai da ficção científica. Inspirado no geógrafo, romancista e desenhista Jacques Arago, o autor se dedica aos relatos de viagens em sua obra. A ficção científica fez com que o autor se tornasse um visionário, antecipando criações como o helicóptero, o submarino e a televisão. Sua relação com a ciência era muitas vezes pessimista no que diz respeito ao progresso científico. Essa característica foi atenuada por Hetzel, que orientou o autor a conduzir seus textos de forma moderada nos aspectos científicos, o que fez dessa relação entre autor-editor uma das mais proveitosas da história da literatura. Na série “Viagens extraordinárias” produziu mais de sessenta romances e dezoito novelas, o que o impulsionou para se tornar o segundo autor mais traduzido do mundo segundo o Index Translationum da UNESCO.

Aos 77 anos, depois de uma vida altamente produtiva, com uma vasta produção literária, Verne faleceu vítima de uma crise de diabetes e paralisia em 24 de março de 1905 em Amiens, na França.

(Seção de Iconografia)