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Literatura | La Fontaine / Le Berger et la Mer (Fables de la Fontaine)

03 maio 2021

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Nesta imagem vemos representada a fábula Le Berger et la Mer, O Pastor e o Mar, de Jean de la Fontaine, na qual o autor aconselha sabedoria e prudência nos negócios, através do pastor que vende suas ovelhas na esperança de obter lucro com o comércio marítimo, vê suas esperanças emudecerem castigadas pela violência do mar que impossibilita a aproximação de navios; depois de um tempo consegue recuperar suas ovelhas decidido a não mais contar com as incertezas do mar.

La Fontaine vai buscar nos gregos Fedro e Esopo, este tido como o criador do gênero da fábula, a inspiração para suas pequenas histórias. Escreveu alguns romances, mas sua grande obra, Fábulas, de 1668 é dedicada ao Delfim, filho de Luis XIV e Maria Teresa da Espanha. Seguem-se várias edições sendo a última de 1694, num total de 243 fábulas. Estas composições curtas, escritas de forma simples, protagonizadas por animais que representam traços de caráter dos seres humanos, tem em seu fecho uma conclusão ou moral da história que mostrava como o autor via a sociedade do seu tempo. Conseguia, através delas expressar crítica sutil e irônica, propondo reflexões ao leitor. Assim La Fontaine definia a fábula: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.


Le Berger et la Mer (Fables de La Fontaine)

Gravura de 1863, água forte de autoria do artista alemão Albert Heinrich Brendel (1827-1895), desenhada por ele mesmo e impressa em Paris. Brendel trabalhou inicialmente com marinhas, dedicando-se posteriormente a figuras de animais, principalmente cavalos e ovelhas.

(Seção de Iconografia)