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Literatura | O poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens

15 jul 2021

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O poeta Alphonsus de Guimaraens consta, na imagem apresentada, da galeria constituída de 500 retratos que compõem a obra Sonetos brasileiros: desenhos de sonetos.Os 12 volumes conservados no acervo da seção de Iconografia da Biblioteca Nacional são a base da obra publicada em 1912. Escritores e poetas estão retratados em bustos desenhados a bico de pena executados pelo desenhista M.J. Garnier reunidos com organização de Laudelino Freire, crítico de arte e literário, filólogo, professor, advogado e jornalista.

Foi como Alphonsus de Guimarães que o poeta simbolista Afonso Henrique da Costa Guimarães assinou suas obras. Nascido em Ouro Preto, em 1870, cursou a faculdade de Direito em São Paulo cidade onde atuou como jornalista. Conheceu o poeta Cruz e Souza, de quem se tornou amigo, no Rio de Janeiro. Exerceu a função de juiz, tanto na cidade em que nasceu como, posteriormente, em Mariana para onde se mudou com a esposa. Dois de seus quatorze filhos também foram escritores: João Alphonsus e Alphonsus de Guimaraens Filho.

Refugiando-se do real na poesia e na vida, pois que se dedicava, num modo de ser isolado, às atividades de juiz e à poesia, o escritor era conhecido como “O Solitário de Mariana”, apesar de ser difícil pensar-se em solitude quando em referência ao componente de família tão numerosa - mas assim era o poeta.

Em 1970, a Biblioteca Nacional sediou uma exposição celebrando o centenário de Alphonsus de Guimarães cujo catálogo está disponível na BNDigital e se constitui em interessante fonte de pesquisa de sua vida e obra. Vale ainda ressaltar, como importante item do acervo, o manuscrito da obra Dona Mystica, também digitalizado.
(Seção de Iconografia)

Garnier, M. J. Alphonsus Guimaraens. 1 desenho, bico de pena, p&b. Rio de Janeiro, RJ: F. Briguiet & Cie. Editores, [189-?].