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Música | Handel, um dos grandes compositores do período Barroco

22 fev 2021

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George Frideric Handel é considerado um dos grandes compositores do período Barroco. Nasceu em 23 de fevereiro de 1685 em Halle-Saale (Alemanha), e morreu em 14 de abril de 1759 em Londres (Inglaterra).

Desde pequeno apresentou grande talento musical, sendo apoiado por sua mãe, embora seu pai preferisse que ele se tornasse advogado. Iniciou seus estudos musicais aos 7 anos com Friedrich Wilhelm Zachow (1663-1712), e com apenas 11 anos de idade já era um virtuose no cravo e órgão. Chegou a iniciar o curso de Direito na Universidade de Halle em 1702, mas mudou-se para Hamburgo em 1703, e passou a dedicar-se exclusivamente à música.

Em 1706 Handel foi para a Itália. Nos quatro anos seguintes passou por Florença, Roma, Nápoles e Veneza, compondo e apresentando com sucesso diversas obras.

Retornou à Alemanha em 1710, mas logo partiu para Londres, onde se estabeleceu definitivamente. Em 1726 Handel foi naturalizado cidadão britânico, sendo considerado compositor oficial da Corte.

Ao longo de sua vida Handel compôs mais de 600 obras, dentre óperas, oratórios, hinos, concertos, etc. Suas composições estão arroladas no Händel-Werke-Verzeichnis (HWV), catálogo temático publicado por Bernd Baselt (1934-1993) na Alemanha.

Entre suas óperas destacam-se: Agrippina (1709), Rinaldo (1711), Giulio Cesare (Julio Cesar, 1724), Orlando (1732), Ezio (1733), Ariodante (1735), Berenice (1737), Serse (Xerxes, 1738). Entre os oratórios destacam-se: Esther (1732), Deborah (1733), Israel in Egypt (1738), Saul (1739), Messiah (1741), Judas Maccabaeus (1746), Joshua (1747), L’Allegro, il Penseroso ed il Moderato (O homem Alegre, o Pensativo e o Moderado, 1740), Jephtha (1751). Na música orquestral destacam-se: Water Music (Música Aquática, 1717) feita sob encomenda do Rei George I, e Royal Fireworks (Fogos de Artifício, 1749) sob encomenda do Rei George II.

Sem dúvida a obra mais conhecida de Handel é o Hallelujah (Aleluia). Faz parte do oratório Messiah (Messias), que narra a vida de Jesus Cristo: as profecias sobre seu nascimento, sua morte (Paixão) e ressurreição.


Frontispício da primeira edição do oratório Messiah, publicado em Londres em 1767. Gravura de Jacobus Houbraken (1698-1780) a partir de Hubert-François Gravelot (1699-1773).

A partir de 1737, Handel passou a sofrer episódios ocasionais de paralisia no braço direito. Em 1751, sua visão de começou a falhar devido à catarata, e um ano mais tarde estava cego. Apesar disso, continuou participando de suas apresentações. Poucas semanas antes de sua morte, chegou a acompanhar ao órgão uma apresentação do Messiah.

Handel veio a faleceu em 14 de abril de 1759, e foi sepultado com honras na Abadia de Westminster (Londres). Sobre seu túmulo foi colocado um monumento em mármore em 1762, obra do escultor francês Louis François Roubiliac (1702-1762).


Frontispício da primeira biografia do compositor, “Memoirs of the life of the late George Frederic Handel”, publicada em Londres um ano após sua morte por John Mainwaring (1724-1807). Gravura de Thomas Chambars (ca.1724-1789).

Outro monumento de Handel, também do escultor Roubiliac, foi inaugurado em 1738 no Vauxhall Gardens de Londres; mais tarde esse monumento em mármore foi transferido para o Victoria and Albert Museum. Em Halle-Salle foi inaugurado um monumento por ocasião das celebrações do centenário de sua morte, fundido em bronze a partir do modelo do escultor alemão Hermann Rudolf Heidel (1811-1865). Há ainda uma escultura em mármore de Handel no Palais Garnier (ou Ópera de Paris), feita em 1888 pelo escultor francês Jean Jules Bernard Salmson (1823-1902).
A casa onde Handel nasceu em Halle-Salle tornou-se museu em 1948, chamado Händel-Haus. Sua casa em Londres onde viveu entre 1723 e 1759 também foi transformada em Museu Casa de Handel em 2001.
Por ocasião do bicentenário da morte de Handel, a Seção de Música da Biblioteca Nacional promoveu uma exposição comemorativa. O catálogo pode ser consultado na íntegra.

(Seção de Iconografia)