Conde da Barca

Conde da Barca

Conde da Barca, Antônio de Araújo e Azevedo

Diplomata e ministro, nasceu em Portugal. Em 1779, envolveu-se na criação da Sociedade Econômica dos Amigos do Bem Público, que foi acolhida sob o patrocínio da Academia Real das Ciências de Lisboa, da qual tornou-se sócio. Mais tarde, ingressou na carreira diplomática, tendo atuado em Haia e na República Francesa, tendo sido, nesta última, ministro plenipotenciário encarregado das difíceis negociações de paz do governo português com o Diretório. Encerrou sua carreira diplomática em São Petersburgo, de 1801 a 1804, quando foi escolhido para a pasta de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, após a renúncia de Rodrigo de Souza Coutinho.

Como adepto do chamado “partido francês” procurou conduzir a política externa portuguesa na direção de uma aproximação com a França napoleônica, sob a permanente ameaça de uma invasão espanhola. Com o retorno da política anglófila, foi substituído no ministério por Rodrigo de Souza Coutinho, mantendo-se apenas como Conselheiro de Estado.

Em 1814 retornou ao ministério, na pasta da Marinha e Domínios Ultramarinos, procurando novamente uma política de aproximação com a França, de modo a contrabalançar a excessiva dependência em relação à Inglaterra. Após um acordo inicial, tomou, então, a iniciativa de convidar e hospedar uma comitiva de artistas e artífices, que difundisse no Brasil os aspectos “louváveis ou desejáveis” da civilização francesa, com a criação de uma escola de artes úteis, o que ficou conhecido como Missão Artística Francesa. De forma semelhante, ensaiou a cultura da vinha e quis propagar a cultura do chá com a vinda de chineses, além de ter instalado um laboratório de química com aparelhos adquiridos durante suas viagens.

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