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A Evolução litteraria

por Maria Ione Caser da Costa

A Evolução litteraria foi lançada no Rio de Janeiro tendo como diretor-gerente Alfredo F. Machado, como redator-secretário Luiz M. Barbosa e, desempenhando a função de redator-chefe, Eugenio Bethencourt. O único exemplar existente na Biblioteca é o ano 1, número 1, do mês de abril. Não apresenta, porém, a indicação da data de lançamento, que, aparentemente, seria 1911. Tal observação baseia-se em acontecimentos mencionados na publicação  e ao fato de que o exemplar está encadernado em um volume, no qual se acham outros periódicos publicados em 1911, conforme era o procedimento adotado na época.


Na ausência de editorial, um artigo assinado por u autor desconhecido, identificado apenas pelo pseudônimo R, homenageia “O nosso director honorário”, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, fundador da Sociedade Propagadora das Belas Artes, mantenedora do Lycêu de Artes e Offícios. Tudo indica ser esta revista editada por pessoas ligadas ao Liceu, quando da criação da Sociedade Propagadora das Belas Artes, durante o governo do Presidente da República, o Sr. Marechal Hermes, convidado para presidente da instituição.


A Evolução litteraria apresenta notícias, charadas, artigos sobre teatro e literatura e também algumas fotografias. De Múcio Teixeira (1857-1926), Arthur Azevedo (1855-1908), Emilio de Menezes (1866-1918) e Osório Duque Estrada (1870-1927), publicou quatro sonetos dispostos em uma única página, com o título comum de “Homenagem aos mestres”. Neste exemplar, também podem ser encontrados  poemas de Baptista Cepellos (1872-1915) e Goulart de Andrade (1881-1936). Há, também, uma crônica-teatral de Ruy Barbosa (1849-1923) e um conto de João do Norte (1888-1959). Ressalta-se a existência de alguns contos e poemas assinados por colaboradores.


A Evolução litteraria. Ano 1. Número 1

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