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A Navalha: semanario critico, chistoso e litterario

por Maria Ione Caser da Costa

“Mais um alistado para o exercito da imprensa” – Com esta frase e dando destaque as palavras “alistado” e “exército”, A Navalha começa a circular em 11 de setembro de 1875. Era uma publicação com a “missão da imprensa”. O periódico aparecia semanalmente. Como explica o editor Barbier, em seu primeiro editorial, “atrever-me-hei a navalhar aquillo que a minha bem intencionada consciencia repellir”.


Além das anunciadas navalhadas aos fatos e notícias da época, A Navalha também publica poemas, charadas e uma seção chamada Folhetim. Nela os comentários aparecem assinados por pseudônimos como: A Tarde, A Noite ou A Vista. Outros colaboradores “amolam” suas navalhas nas páginas do periódico: Dubois, Odilon, Jayme, Elibert, Minor, Mozar. Também são encontrados naquelas páginas poemas de Castro Alves, Teixeira de Carvalho, e Theophilo Dias (1854-1889).


A Biblioteca Nacional possui 12 exemplares de A Navalha, o último datado de 27 de novembro de 1875. Foram vendidos ao preço avulso de 300rs e a assinatura mensal por 1$000. Publicado em Recife, seu primeiro exemplar saiu pela Typographia do Jornal do Recife, e os restantes pela Typographia Industrial.

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