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Como ressaltado anteriormente, os períodos de guerra estiveram intimamente alinhados com avanços tecnológicos e científicos. No século XX, sobretudo a partir do esmorecimento e extinção da Guerra Fria, reduziram-se as pesquisas acerca do desenvolvimento tecnológico bélico. Isso conferiu espaço para uma participação civil cada vez maior na produção científica. O que antes esteve muito concentrado nas mentes militares, começou a se espraiar mais para a sociedade civil, ou pelo menos conferiu a ela mais notoriedade. A abertura democrática em muitos países (no Brasil não foi exceção) abriu caminho para a participação de não-militares nas decisões e na produção de documentos ligados à defesa nacional. A criação do Ministério da Defesa em 1999 foi a cartada definitiva na parceria civil-militar brasileira.



Notícia da criação do Ministério da Defesa pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Periódico Tribuna da Imprensa. Edição 15075. 11/06/1999.

Multiplicou-se, a partir de então, o número de cursos acadêmicos de graduação e de pós-graduação nas academias militares. A via acadêmica foi se desenhando como o caminho que consolida essa relação e faz dos periódicos científicos um grande veículo de comunicação para se compreender as questões militares, invertendo, por assim dizer, o quadro inicial.