Segundo Ato - O Pavilhão
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O Pavilhão da Aclamação
Figura 28: THIERRY FRÈRES. Aclamação de D. Pedro I imperador do Brasil, no campo de Santana, Rio de Janeiro. Paris [França]: Firmin Didot Frères, 1839. 1 grav, litografia, col, 22 x 35,4cm em f. 52,6 x 34,6.
A seguir, a descrição de Debret para a sua gravura:
“José Bonifácio, ajudado por seus partidários, tudo preparou para em 12 de outubro de 1822 assinar o Ato de Aclamação de D. Pedro, Defensor Perpétuo e Constitucional do Brasil. Utilizou-se, para celebrar o ato, o pavilhão favoravelmente situado no centro do Campo de Sant’Ana. O desenho representa o momento em que , após haver D. Pedro aceitado o título de Imperador, o presidente do Senado da Câmara Municipal ergue o primeiro Viva, a que responde a tropa com salvas de mosquetões e artilharia. A primeira fila, junto do balcão, é ocupada no centro pelo Imperador; à esquerda, encontra-se o Presidente do Senado da Câmara, segurando ainda o ato que acaba de ler e dando com seu lenço o sinal de último Viva; a seu lado, o procurador da mesma Casa, porta-estandarte, saúda com a nova bandeira ornada com as armas do Império. À direita do Imperador, e um pouco para tras, encontra-se a Imperatriz. Atrás dela, nos braços de um oficial, está a pequena D. Maria da Glória, futura Rainha de Portugal.”
Esta gravura corresponde a um estudo a óleo inacabado, no qual o pintor de história apenas esboçou o povo na praça, mas não hesitou mesmo assim em exibí-lo na exposição de 1829 da Academia Imperial das Belas-Artes, assinalando: “esse assunto deve ser executado a grande”.
Hippolyte Taunay, que buscava competir com Debret enquanto pintor de história, pintou uma aquarela, reproduzida aqui, que não chegou a ser gravada, cujo estilo remonta às litografias reproduzidas com o mesmo gestual da Aclamação de D. João VI em 1818. Seu ponto de vista, oposto ao tomado por Debret, mostra a excitação da multidão no primeiro plano. Contudo, em ambos os casos, a cena é apresentada pelos dois artistas ao espectador como um espetáculo teatral, com a grande varanda remetendo a um camarote do Teatro.
Figura 29: H. Taunay Aclamação de D. Pedro.
TAUNAY, Felix Emile. Acclamação de S.M.O Snr. D. Pedro I imperador Cal. do Brasil: no dia 12 de outubro 1822. Rio de Janeiro, RJ: [s.n.]. 1 grav, água-forte, aquarelada, 32,9 x 47cm.
Figura 28: THIERRY FRÈRES. Aclamação de D. Pedro I imperador do Brasil, no campo de Santana, Rio de Janeiro. Paris [França]: Firmin Didot Frères, 1839. 1 grav, litografia, col, 22 x 35,4cm em f. 52,6 x 34,6.A seguir, a descrição de Debret para a sua gravura:
“José Bonifácio, ajudado por seus partidários, tudo preparou para em 12 de outubro de 1822 assinar o Ato de Aclamação de D. Pedro, Defensor Perpétuo e Constitucional do Brasil. Utilizou-se, para celebrar o ato, o pavilhão favoravelmente situado no centro do Campo de Sant’Ana. O desenho representa o momento em que , após haver D. Pedro aceitado o título de Imperador, o presidente do Senado da Câmara Municipal ergue o primeiro Viva, a que responde a tropa com salvas de mosquetões e artilharia. A primeira fila, junto do balcão, é ocupada no centro pelo Imperador; à esquerda, encontra-se o Presidente do Senado da Câmara, segurando ainda o ato que acaba de ler e dando com seu lenço o sinal de último Viva; a seu lado, o procurador da mesma Casa, porta-estandarte, saúda com a nova bandeira ornada com as armas do Império. À direita do Imperador, e um pouco para tras, encontra-se a Imperatriz. Atrás dela, nos braços de um oficial, está a pequena D. Maria da Glória, futura Rainha de Portugal.”
Esta gravura corresponde a um estudo a óleo inacabado, no qual o pintor de história apenas esboçou o povo na praça, mas não hesitou mesmo assim em exibí-lo na exposição de 1829 da Academia Imperial das Belas-Artes, assinalando: “esse assunto deve ser executado a grande”.
Hippolyte Taunay, que buscava competir com Debret enquanto pintor de história, pintou uma aquarela, reproduzida aqui, que não chegou a ser gravada, cujo estilo remonta às litografias reproduzidas com o mesmo gestual da Aclamação de D. João VI em 1818. Seu ponto de vista, oposto ao tomado por Debret, mostra a excitação da multidão no primeiro plano. Contudo, em ambos os casos, a cena é apresentada pelos dois artistas ao espectador como um espetáculo teatral, com a grande varanda remetendo a um camarote do Teatro.
Figura 29: H. Taunay Aclamação de D. Pedro.TAUNAY, Felix Emile. Acclamação de S.M.O Snr. D. Pedro I imperador Cal. do Brasil: no dia 12 de outubro 1822. Rio de Janeiro, RJ: [s.n.]. 1 grav, água-forte, aquarelada, 32,9 x 47cm.