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Canudos, 2017: Expedição Fotográfica

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Canudos, 2017: Expedição Fotográfica

Fotografias de Celso Brandão e Joaquim Marçal Andrade

Era um sonho antigo; não foi por acaso que Celso Brandão convidou-me para esta expedição fotográfica a Canudos, realizada sob o sol do verão de 2017. Nossas vidas foram marcadas pelo universo doméstico, em que a figura de Antônio Conselheiro e a memória dos conflitos havidos na fazenda Monte Belo em 1896-97 sempre se fizeram presentes.

Eu vivia em meio à biblioteca euclidiana de meu pai, Olímpio de Souza Andrade, repleta de quadros nas paredes, dos quais jamais me esquecerei (como as reproduções dos desenhos da Caderneta de campo, de Euclides, e uma estampa serigráfica de uma velha senhora, Sobrevivente de Canudos, de Israel Pedrosa). Foi assim que o ajudei na constituição do vocabulário de 2.000 sinônimos, para uma edição escolar de Os sertões. Olímpio nasceu em São José do Rio Pardo (SP), cidade fundada por seu trisavô e considerada “o berço de Os sertões” – foi durante sua estada naquela localidade que Euclides havia escrito sua obra-prima. E minha mãe, Noêmia Ferreira de Andrade, também rio-pardense, além dos afazeres domésticos, era quem datilografava e revisava os originais de meu pai.

Já o cineasta-etnógrafo e fotógrafo alagoano Celso Brandão, além da educação recebida de seus pais, teve a influência de um primo paterno, Théo Brandão, médico, professor e folclorista de vasta cultura, integrante de um grupo de intelectuais das Alagoas. São exemplos José Lins do Rego, Manuel Diégues Júnior, Aurélio Buarque de Holanda e Noel Nutels (este ucraniano, mas radicado no Brasil). Naquele ambiente, Celso foi construindo olhar e sensibilidade raros, os quais vem empregando em seu extenso trabalho documental da cultura do Nordeste.

À época, prestes a completar 60 anos de idade, nunca tinha ido a Canudos – que continuará sendo um lugar de peregrinação. Foi Celso, antigo conhecedor daquela região, quem fez o convite, irrecusável, e produziu a viagem. Partimos de Maceió e, cruzando fronteiras e visitando cidades e povoados, buscamos apreender a paisagem natural e humana, ainda tão impregnada pelas questões descritas por Euclides da Cunha e presentes, também, na história da fotografia brasileira.

Joaquim Marçal Ferreira de Andrade



Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Celso Brandão


Fotografia de Joaquim Marçal


Fotografia de Joaquim Marçal