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CLÁSSICOS DA LITERATURA IRLANDESA
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[Iconográfico] Oscar Wilde, c. 1882 Crédito: Nap…
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[Iconográfico] Bram Stoker, 1906 Crédito: Alamy.
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[Iconográfico] Drácula, de Bram Stoker, primeira…
CLÁSSICOS DA LITERATURA IRLANDESA
Clássicos da literatura irlandesa encontram-se disponíveis no Brasil desde a publicação de As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, no Rio de Janeiro, em 1888. Embora compartilhem características de um regime colonial, autores e obras distinguem-se de meros conquistadores, em seu senso de irlandesidade e em sua maneira, muitas vezes refratária, de explorar o mundo social e cultural ao seu redor.
Jonathan Swift (1667-1745) trabalhou como escritor de panfletos políticos em Londres antes de aceitar a nomeação de Reitor da Catedral de São Patrício em sua cidade natal, Dublin. Lá ele escreveu a sátira mais ardente sobre a natureza humana, talvez em qualquer idioma: As Viagens de Gulliver (1726).
Laurence Sterne (1713-1768), em uma veia bem diferente, inaugurou o meta-romance cômico com A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy (1760).
Edmund Burke (1729-1797) tornou-se o orador parlamentar mais famoso de seu tempo e um virulento expoente de uma forma de conservadorismo benigno com a qual se opôs à violência política da época em Reflexões sobre a Revolução Francesa (1790), por exemplo.
Bram Stoker (1847-1912) ganhou fama mundial com Drácula (1897), em que um vampiro aristocrático da Transilvânia desafia a morte alimentando-se do sangue de jovens inglesas – uma suposta imagem sombria do colonialismo inglês na Irlanda.
Oscar Wilde (1854-1900) demonstrou extraordinária capacidade de provocar a vaidade de seu público de língua inglesa com peças incomparavelmente espirituosas. É de longe o autor irlandês mais traduzido no Brasil, com obras como A importância de ser fiel (1895), à qual acrescentou o subtítulo – uma comédia trivial para gente séria.
Da sociedade fraturada que esses escritores habitaram – e muitas vezes deixaram para trás – surgiram, mais tarde, as vozes modernistas de W.B. Yeats e James Joyce, Flann O’Brien e Brian Friel, misturando visões sociais e culturais irlandesas e inglesas de novas e, muitas vezes, inquietantes maneiras.
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