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Vocabulário Brasileiro da Ortografia Official
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Vocabulário Brasileiro da Ortografia Official
Com esta publicação, o autor pretendeu organizar o que ele identificou como as confusões de interpretação no Acordo Ortográfico Brasil-Portugal, de 1931.
O primeiro projeto de reforma ortográfica no qual Medeiros e Albuquerque esteve envolvido, ainda em 1907, era baseado em critérios fonéticos. Foi muito debatido no âmbito da Academia Brasileira de Letras e gerou críticas divertidas, como esta Karta, de Carlos de Laet, redigida segundo as regras propostas por Medeiros e Albuquerque:
KARTA
ke, kontra o semifonetismu du sidadão Medeirus, au sidadão Maxadu Dasis dirije um emperradu etimolojista, ô fonetista radikal.
Meu karu Maxadu Dasis. Não temus estado juntus, á muintus mezes, i kompletamente ignoru kual a tua maneira de pensar a respeitu da nova reforma ortografica, de invensão du Medeirus Albukerke. Não axas tu ke para uma revolusão é muintu póku, i para uma desorden já é demais? Á, nu ke vai fazendu a Akademia, grande falta de lojica. Vejase, por exenplu, akilu du agá! Não u admite nu meiu das palavras, i todavia u tolera nu principiu dalgumas. Ô u agá é bon, ô é mau. Si é bon, kontinúe a viver onde kér ke seja; si é mau, suprimase de todu.(...)"
In LAET, Carlos de. Crônicas. Seleção, organização e prefácio de Homero Senna. Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Letras, 2000, 2a ed. p. 387.
Com esta publicação, o autor pretendeu organizar o que ele identificou como as confusões de interpretação no Acordo Ortográfico Brasil-Portugal, de 1931.
O primeiro projeto de reforma ortográfica no qual Medeiros e Albuquerque esteve envolvido, ainda em 1907, era baseado em critérios fonéticos. Foi muito debatido no âmbito da Academia Brasileira de Letras e gerou críticas divertidas, como esta Karta, de Carlos de Laet, redigida segundo as regras propostas por Medeiros e Albuquerque:
KARTA
ke, kontra o semifonetismu du sidadão Medeirus, au sidadão Maxadu Dasis dirije um emperradu etimolojista, ô fonetista radikal.
Meu karu Maxadu Dasis. Não temus estado juntus, á muintus mezes, i kompletamente ignoru kual a tua maneira de pensar a respeitu da nova reforma ortografica, de invensão du Medeirus Albukerke. Não axas tu ke para uma revolusão é muintu póku, i para uma desorden já é demais? Á, nu ke vai fazendu a Akademia, grande falta de lojica. Vejase, por exenplu, akilu du agá! Não u admite nu meiu das palavras, i todavia u tolera nu principiu dalgumas. Ô u agá é bon, ô é mau. Si é bon, kontinúe a viver onde kér ke seja; si é mau, suprimase de todu.(...)"
In LAET, Carlos de. Crônicas. Seleção, organização e prefácio de Homero Senna. Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Letras, 2000, 2a ed. p. 387.
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