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Jean-Louis Tirpenne

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Jean-Louis Tirpenne

Tirpenne, Jean-Louis.
Panorama da cidade de Rio de Janeiro: tomado do morro de St. Antonio a voo de pássaro. 1854.

O extinto Morro de Santo Antônio abrigou uma das primeiras favelas do Rio de Janeiro. O cronista João do Rio teve oportunidade de assistir a uma roda de samba naquela “curiosa vila de miséria indolente”. Segundo seu relato, a comunidade abrigava, por volta de 1917, 1.500 pessoas e 500 barracos. Embora os estudos para o seu desmonte datem do começo do século XX, o morro só veio abaixo na década de 1950. As primeiras levas do entulho foram usadas na construção da área tomada à Baía onde se realizou, em 1955, o 36º Congresso Eucarístico Internacional e onde, nos anos 1960, surgiria o Parque do Flamengo. Na verdade, o morro não foi totalmente arrasado: as encostas onde se situam o Convento de Santo Antônio e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, importantes referências do Brasil colonial, foram preservadas. A área demolida deu lugar à atual Avenida República do Chile.