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Introdução

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Introdução

 

O período em que foram produzidas as fotografias e demais imagens desta exposição cobre aproximadamente seis décadas do século XIX – quando se consolidaram os campos da Antropologia e da Arqueologia. Desenvolveu-se, ainda, a Egiptologia; e intensificaram-se as escavações em Pompeia, que haviam sido iniciadas no século anterior. As revelações decorrentes dessas iniciativas foram marcantes para a história da humanidade.


Inicialmente a litografia e, posteriormente, a fotografia tornaram-se os principais processos para a documentação visual. A reprodução e o comércio de imagens expandiram-se, a partir de então. No Brasil, era o período em que se formava a própria identidade enquanto nação.


D. Pedro II acumulou documentos visuais sobre as civilizações antigas, principalmente, a partir de seus estudos e viagens. Vale lembrar as circunstâncias especiais da formação de D. Pedro II: era órfão de mãe desde 1 ano de idade e perdeu o pai aos 9 – de quem, na verdade, já estava afastado desde os 6 anos, quando D. Pedro I abdicou o trono em seu favor. Ele foi educado por um grupo de tutores e mestres que lhe proporcionaram sólida formação.


Sua maioridade foi decretada antes dos 15 anos. Enfrentou tempos difíceis na governança do país, motivo pelo qual só foi realizar sua primeira viagem ao exterior mais de vinte anos depois, em 1871. Egito, Palestina e Ásia Menor estavam em seu roteiro. Entre 1876 e 1877, ausentou-se novamente do país, incluindo a Terra Santa e o Egito, novamente, em seu percurso. Já em sua última viagem, em 1887 e 1888, restringiu-se à Europa e dessa vez, fez uma visita especial a Pompeia, terra natal de D. Teresa Cristina.


A maior parte dos originais fotográficos avulsos aqui expostos permaneceu guardada, sem qualquer manuseio ou exposição à luz, por aproximadamente um século. Foram revelados às nossas gerações por ocasião da exposição De volta à luz, realizada em São Paulo (2003). Agora são mostrados, pela primeira vez, nas instalações da Biblioteca Nacional.


A presente mostra pretende evocar a antiguidade a partir das ruínas do Egito Antigo e de Pompeia e, simultaneamente, alguns aspectos importantes da história das imagens e de sua reprodutibilidade – com destaque para a fotografia, mas sem deixar de levar em conta os processos que a antecederam e com ela coexistiram. A ideia é exibir as diversas técnicas de reprodução experimentadas no século XIX. O acervo da Biblioteca Nacional presta-se, com perfeição, à reconstrução desse período.


Joaquim Marçal Ferreira de Andrade, curador da exposição


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Uma Viagem ao Mundo Antigo