BNDigital

Pompeia

< Voltar para Exposições virtuais

Pompeia

 

Em maio de 1843, aos 18 anos de idade, D. Pedro II casou-se com a irmã mais nova do rei Fernando II das Duas Sicílias. No ano seguinte, a irmã mais velha do imperador, Januária, veio a se casar com o conde d’Áquila, irmão da imperatriz Teresa Cristina. Estavam assim selados os fortes laços com a Casa de Nápoles.


A descoberta de Pompeia, iniciada em 1748, foi um capítulo à parte na história do resgate da antiguidade. A urbe era um balneário na baía de Nápoles, local de veraneio dos romanos – com excelente infraestrutura, incluindo belas residências com seus ricos padrões decorativos, teatros e áreas de lazer – inclusive bordéis. Símbolos fálicos – amuletos – adornavam áreas públicas. Os vestígios arquitetônicos mais antigos indicam a presença dos gregos (século VI a. C.) antes de se tornar uma cidade romana.


Diferentemente das outras civilizações da Península Itálica, onde as camadas de história foram superpondo-se ao longo dos séculos, em Pompeia a vida foi bruscamente interrompida e o balneário literalmente soterrado, sob toneladas de lava esponjosa em 24 de agosto do ano 79 d. C. durante erupção do vulcão Vesúvio – assim permanecendo, intacta, por quinze séculos. Em 1594, durante escavação para instalar nova rede hidráulica, ocorreu o primeiro vestígio dessa cidade perdida. Mas apenas em meados do século XVIII é que foram feitas as primeiras escavações.


Em sua terceira e última viagem ao estrangeiro, D. Pedro II atendeu ao desejo da imperatriz. Ela sempre nutriu especial interesse pelo tema – tendo inclusive intercedido para que fossem enviadas ao Brasil diversas peças recuperadas das escavações – atualmente, integram a Coleção Greco-romana do Museu Nacional. Naquela oportunidade, o imperador subiu à cratera do Vesúvio e o casal percorreu as ruas de Pompeia – até hoje, um dos sítios arquelógicos mais visitados do planeta.