Joaquim Lebreton

Joaquim Lebreton

Joaquim Lebreton (1760-1819)

Chefe da Seção de Museus, Conservatórios e Bibliotecas e depois da Seção de Belas Artes do Ministério do Interior; secretário perpétuo da classe de Belas Artes do Instituto de França e membro do Tribunato – a Assembléia Legislativa instituída pela constituição do anoNicolas-Antoine Taunay VIII da revolução (1799).

A restauração da casa de Bourbon em 1815 e a reivindicação de obras de artes guardadas no Louvre – tomadas pelos exércitos napoleônicos aos países invadidos – indispuseram Lebreton com o Ministério do Interior e fizeram com que se demitisse do Instituto de França.

Indicado pelo naturalista Alexander von Humbolt para comandar a missão artística para o Brasil, convidou alguns dos artistas com quem manteve relações durante seu período no Instituto de França: Jean Baptiste Debret, Augusto Taunay e Grandjean de Montigny. Consigo, Lebreton trouxe 54 obras de arte, entre originais e cópias, pretendia vendê-las ao governo português como núcleo da futura pinacoteca da Academia do Rio de Janeiro. No rio de Janeiro recebeu elevada pensão, foi apoiado pelo Conde da Barca, idealizador do projeto, e acolhido por D. João VI.

Após a morte do Conde da Barca, em 1817, Lebreton percebeu que seu projeto de implantação da Academia de Artes demoraria ainda muito a se realizar. Cansado de lutar contra a inércia e a má vontade governamentais, retirou-se para uma chácara na praia do Flamengo, onde faleceu em 1819 aos cinqüenta e nove anos.

Fonte: TAUNAY, Afonso de Escragnolle. A missão artística de 1816. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1983.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *