Carlos Drummond de Andrade
Nome completo: Carlos Drummond de Andrade
Nascimento: 31/10/1902 – Itabira, MG
Falecimento: 05/08/1987 – Rio de Janeiro, RJ
Forma autorizada: Andrade, Carlos Drummond de
Biografia
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, no ano de 1902. Passou a infância nas fazendas de sua família, que foi exploradora da região. Em 1918 era aluno interno no Colégio Anchieta da Companhia de Jesus em Nova Friburgo e já começava a ser laureado em “certames literários”. Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa Onda, sua primeira publicação “formal”.
Escritor de várias fases e maneiras, sem nunca abdicar do fino humor e do lirismo, Carlos Drummond de Andrade é um dos maiores poetas brasileiros contemporâneos. Em seus primeiros livros, Alguma Poesia (1930), Brejo das Almas (1934), Sentimento do Mundo (1940) e José (1942), o poeta transita por dois mundos: o cotidiano e a ironia nele implícita e a visão transcendental para além da sombria realidade diária. Em A Rosa do Povo (1945), apresenta um poeta engajado, que expressa a miséria social e a luta política. A partir de Claro Enigma (1951), abandonando o linguajar coloquial e falando de temas efêmeros, como o tempo e a morte, revela o vazio da trágica condição humana.
Em 1919 é expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se. Justificativa da expulsão: “insubordinação mental”. Em 1920, mudou-se para Belo Horizonte com a família. Na capital mineira, cursou Farmácia, iniciou suas atividades literárias e jornalísticas e conheceu Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Em 1922 ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto “Joaquim do Telhado” no concurso Novela Mineira. Assim, já assinando em alguns meios de comunicação, Drummond passa a cursar Farmácia em Belo Horizonte e a participar dos eventos culturais modernistas.
Em 1925, casado com Dolores Dutra de Morais, o poeta voltou para Itabira, passando a lecionar Português. De novo em Belo Horizonte, trabalhou como redator-chefe no jornal Diário de Minas, até ingressar no funcionalismo público (1929), do qual se aposentou na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O sucesso surge com o insólito poema No Meio do Caminho, publicado na primeira página da recém-lançada Revista de Antropofagia, em 1928. O poema, um verdadeiro escândalo, dividiu o mundo literário da época, tornando-se um marco na consolidação do movimento modernista brasileiro. Dois anos mais tarde, inaugurou a segunda fase do modernismo com seu livro de estréia, Alguma Poesia, e, em 1930, fundou A Revista, um órgão de vanguarda e importante canal de divulgação do Modernismo de Minas Gerais.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 33, onde trabalhou como funcionário público e escreveu diariamente para jornais, ao longo de cinqüenta anos. Nesta cidade veio a falecer em 1987, aos 85 anos.
Fonte: http://www.clickescritores.com.br/imortais.htm
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=41